(dialogue #1)
Quotes & Dialogues #1.
(dialogue #1)
4 comentários:
-
Dani,
Concordo com você em um aspecto: Charlie prega um idealismo e estilo de vida para Emily no decorrer do filme bem arrogante. Este é um homem que sabe quem ele é e no que ele acredita (isto vale tanto para a guerra quando para outras relações humanas). E no entanto, sua convicção não é grande o suficiente para evitar que ele se torne uma "vítima" do seu próprio discurso, terminando como um covarde e falso moralista.
A realidade é que nós quase sempre estamos fadados a terminar como Charlie, caso não tenhamos precaução quanto aos nossos julgamentos e concepções. Pregar verdades por aí pode ser uma tarefa perigosa.
O filme de fato é curioso e devemos atribuir isto à excelente adaptação do livro de William Bradford Huie ao roteiro, realizada por Paddy Chayefsky. O que provavelmente me conquistou foi o dialógo rápido, afiado e que eu considero de extrema inteligência. A direção do Arthur Hiller também não deve ser desmerecida. Li um comentário dele que diz que TAOE não é um filme antiguerra como muitos acreditam ser, mas um filme de anti-glorificação-da-guerra. No ponto.
Quanto a este "je ne sais quoi" que você sentiu, eu não posso responder, pois eu realmente adoro o filme.
Beijos!
-
Lorena, darling, errei o nome do diretor (:D)...
Também gostei dos diálogos do filme! Mas adorei mesmo aquela cena inicial, dinâmica e sem nenhuma palavra, à maneira das comédias dos anos 30 e 40. Achei o filme algo claustrofóbico, talvez devido à densidade do diálogo em algumas partes, que dão a impressão de serem debate entre duas correntes teóricas antagônicas. O diretor quer, mesmo, provar alguma coisa com o filme. Ele não nos deixa perder o foco.
E a conclusão é pessimista mesmo: a conivência com a mentira é a única salvação para o "herói". Que péssimo seria o mundo se todos negassem a tão filosofia norte-americana "help thy neighbor"! Por mais que a gente tente deixar de lado a questão da moral para julgar o valor da obra de arte, ela sempre acaba aparecendo cedo ou tarde...
Lorena, de todo modo, preciso fazer uma confissão: adoro, mesmo, a Julie dos musicais! A propósito, logo escrevo o que estou achando do JA Show. Eu gostei do documentário Julie. Você tem alguma informação de bastidores sobre ele? Ele me lembrou um pouco a autobiografia da Ingrid Bergman sobre a qual falei no meu último post.
Bjocas e inté logo!
Dani
About Me
Pages
Seguidores
Blog Archive
-
▼
2010
(64)
-
▼
março
(17)
- Quotes and Dialogues #14.
- Cheguei e já estou indo.
- Quotes and Dialogues #13.
- Quotes and Dialogues #12.
- Quotes and Dialogues #11.
- Quotes & Dialogues #10.
- Quotes & Dialogues #9.
- Once upon a time in Camelot...
- Quotes & Dialogues #8.
- Quotes & Dialogues #7.
- Quotes & Dialogues #6.
- À minhas belas Damas...
- Quotes & Dialogues #5.
- Quotes & Dialogues #4.
- Quotes & Dialogues #3.
- Quotes & Dialogues #2.
- Quotes & Dialogues #1.
-
▼
março
(17)
Marcadores
- 2010 (1)
- 2011 (1)
- 75 anos (1)
- a noviça rebelde (3)
- A Star Is Born (1)
- actress (1)
- alan jay lerner (6)
- all about eve (1)
- allan bates (1)
- amizade (1)
- amor (1)
- Andre Previn (1)
- aniversário (1)
- anjos e demônios (1)
- Anne Bancroft (1)
- Anthony Hopkins (1)
- arena O2 (1)
- arquitetura (1)
- audrey hepburn (5)
- avatar (1)
- awards (2)
- balanço 2010 (1)
- barbra streisand (5)
- bernadette peters (2)
- bette davis (2)
- black swan (1)
- blake edwards (12)
- blog (1)
- blu-ray (1)
- Bob Fosse (1)
- book (5)
- books (3)
- bossa nova (1)
- breakfast at tiffanys (1)
- Brief Encounter (1)
- broadway (2)
- Broadway Musicals (2)
- burburinho de outrora (1)
- Cabaret (1)
- Camelot (2)
- carnegie hall (1)
- carol burnett (1)
- cary grant (2)
- celine dion (1)
- cerimonies (1)
- Chico Xavier (1)
- christina bianco (1)
- christopher plummer (5)
- chums for life (1)
- cinderella (1)
- cinema (2)
- Cinema Brasileiro (1)
- clássicos (3)
- clint eastwood (1)
- cloverfield (1)
- comédia (2)
- concert (2)
- Courteney Cox (1)
- Daniel Filho (1)
- Daniel Massey (1)
- darling lili (1)
- deborah kerr (3)
- dialogues (5)
- divagações (1)
- Do outro lado O pecado (1)
- documentário (1)
- donna reed (1)
- doris day (2)
- dotes culinários (1)
- download (1)
- Dream wife (1)
- duet for one (1)
- Dustin Hoffman (1)
- eliza doolittle (1)
- elizabeth taylor (3)
- Ella Fitzgerald (1)
- Ethel Barrymore (1)
- excerpt (1)
- eydie gorme (1)
- favoritos (1)
- filme (16)
- Filmes (3)
- fotografia (2)
- Franco Nero (1)
- frank capra (1)
- Frank Sinatra (1)
- Frederick Loewe (6)
- gene kelly (1)
- George Cukor (1)
- Gertrude Lawrence (1)
- gift of music (1)
- Gigi (1)
- girl power (1)
- glen close (1)
- golden globes (1)
- gregory peck (1)
- hairspray (1)
- Hannibal Lecter (1)
- helen mirren (1)
- hello dolly (1)
- henry mancini (3)
- home (3)
- homenagem (1)
- It Never Was You (1)
- jack lemmon (2)
- james cameron (1)
- james garner (5)
- james stewart (1)
- Jennie's Portrait (1)
- Jennifer Jones (1)
- john travolta (1)
- Joseph Cotton (1)
- judi dench (1)
- judy at carnegie hall (1)
- judy garland (6)
- julie (1)
- julie andrews (49)
- kirk douglas (1)
- Kurt Weill (1)
- lee remick (1)
- lesley ann warren (1)
- Leslie Caron (1)
- lista (1)
- Livros (1)
- Liza Minelli (1)
- london (1)
- Lorenz Hart (1)
- lover come back (1)
- luiz bonfá (1)
- Madonna (1)
- mamma mia (1)
- mary poppins (3)
- max von sydow (1)
- medley (1)
- meg ryan (1)
- Megan Mullally (1)
- meme (1)
- memoir (4)
- meryl streep (5)
- michelle pfeiffer (1)
- Mike Nichols (1)
- mila kunis (1)
- Moss Hart (1)
- movie (1)
- movies (22)
- música (1)
- musicais (9)
- Musical Theater (2)
- my fair lady (3)
- My Funny Valentine (1)
- natalie portman (1)
- Noel Coward (2)
- O Retrato de Jennie (1)
- oprah winfrey (1)
- Oscar Hammerstein (2)
- passage (3)
- patti lupone (1)
- paul newman (1)
- personal (12)
- perssonal (1)
- peter o'toole (1)
- Plays (1)
- quick reviews (2)
- quotes (16)
- random (18)
- remake (1)
- rest in peace (2)
- review (1)
- rex harrison (3)
- Richard Burton (4)
- Richard Harris (1)
- Richard Rodgers (3)
- Robert Goulet (2)
- robert preston (1)
- robert redford (2)
- Robert Taylor (1)
- Robert Wise (2)
- rock hudson (1)
- rodgers and hammerstein (1)
- Sarah Vaughn (1)
- scans (1)
- scrapbook (1)
- Silence of the Lambs (1)
- singing in the rain (1)
- Songs (3)
- sound of music (4)
- Star (1)
- State Fair (1)
- Stephen Sondheim (1)
- steve lawrence (1)
- T. H. White (1)
- tao (1)
- TAOE (2)
- Tarde Demais para Esquecer (1)
- tcm (1)
- TCM Classic Film Festival (1)
- tearjerkers (1)
- the color purple (1)
- the days of wine and roses (1)
- The Graduate (1)
- The Hours (1)
- the julie andrews hour (4)
- The King and I (1)
- the sound of music (3)
- the supersecs (4)
- tom hanks (1)
- traduções (1)
- Vanessa Redgrave (1)
- victor victoria (2)
- video (1)
- vincent cassell (1)
- Virginia Woolf (1)
- Vivien Leigh (2)
- walt disney (1)
- Waterloo Bridge (1)
- west side story (1)
- Who's Afraid of Virginia Woolf (1)
- whoopi goldberg (1)
- Women (1)
- writer's block (1)
Lorena, li seu post depois de ter almoçado e, coincidentemente, de ter comido chocolate hersheys (The Americanization of Danielle, hehehe). Gostei da cena que você selecionou - acho que ela sintetiza o filme. Queria saber o que você achou dele!
Achei o filme um tanto quanto curioso, distante do "standard" hollywoodiano na abordagem do assunto e modo de construção dos personagens. O personagem principal está longe de ser um herói - seu desejo epicurista de aproveitar a vida acima de tudo não o torna muito charmoso, embora James Garner seja extremamente bonito. Por outro lado, o modo como ele encara a guerra dá um sopro de novidade ao tema. Que alívio não ver aqueles heróis nacionalistas que caminham em direção à morte entoando o hino do país! Blake Edwards encara a questão com uma maturidade que infelizmente os belicosos norte-americanos ainda não têm. A conclusão do filme, no entanto, parece simplesmente inverter os sinais: Charles Madison está longe de ser um herói de guerra - ele não passa de um fraco do começo ao fim da história. É um personagem bem coerente. No final, quando decide cometer uma ação "nobre" e confessar que é um joguete do exército, a namorada o salva de se "britanizar" e ele acaba decidindo assumir o papel que o exército lhe deu. A conclusão de que é melhor se aliar à mentira do que ser mártir por dizer a verdade é bem amarga - o que talvez seja reflexo do pós-guerra - e nada moralizante. É certamente um filme altissonante. Gostei de vê-lo por Julie, James, Melvin Douglas e James Coburn (formidáveis), mas fiquei com a sensação de que falta algo no filme. Você também sentiu isso?
Beijocas! quando puder, diz o que achou do meu último post!
Dani