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Ardida como pimenta!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Manaus tem tido dias cinzentos, de nuvens carregadas, ocasionais chuvinhas acompanhadas de muitos trovões como trilha sonora.

Hoje o meu humor decidiu refletir o clima da cidade - amanheceu cinza - e eu, pra piorar a situação, resolvi assistir aos últimos filmes que adquiri... Comecei com a Sociedade dos Poetas Mortos, que me deixou com nó na garganta (e bem na hora do almoço. Au Revoir digestão, né?) e prossegui com O Paciente inglês. Com olhos cheios de lágrima, eu achei prudente quebrar o padrão de filmes bons (ou muito bons) para cortar pulsos em dias chuvosos, e assistir algo mais feliz, lembrando do DVD de Ardida como Pimenta (Calamity Jane, 1953) que estava meio que esquecido, ainda inassistido e à deriva por aqui.

No auge de sua carreira, Doris Day encarna Calamity Jane, uma personagem que tenta disfarçar sua fragilidade agindo de forma máscula e peculiar, manejando seu chicote e lutando contra os índios da região.
Com uma paixãozite mais do que óbvia pelo tenente Danny Gilmartin, personagem de Philip Carey (This Woman Is Dangerous), e uma rivalidade um tanto quanto saudável contra Wild Bill, interpretado por Howard Keel (Sete Noivas Para Sete Irmãos), Calamity é conhecida na região, acima de tudo, por ser boa contadora de vantagens, via intermédio de suas famosas lorotas.
Em uma determinada ocasião, Calamity Jane parte para a cidade de Chicago na promessa de trazer a famosa atriz e cantora Adelaid Adams para se apresentar no vilarejo. Entretanto, ao chegar na "Windy City" entrar nos bastidores do teatro, Jane confunde Katie Brown, personagem de Allyn Ann McLerie (The Way We Were), cujo sunho é poder se apresentar nos saloons das cidades, com a própria atriz.
Confusão feita, Calamity traz em sua companhia a versão falsa de Adelaid para Deadwood. Não é necessária mais do que uma noite para que o segredo de Katie venha à tona. Graças, porém, à intervenção de Jane, o povo concede que ela permaneça no vilarejo. Os verdadeiros problemas surgem à medida que Danny e Katie se apaixonam, enquanto Bill e Calamity, que sofre uma verdadeira transformação graças a Katie, são jogados a escanteio!

A causa da minha irritação precoce é decorrente da idéia do filme de mais ou menos reduzir a imagem de uma mulher independente à masculinidade, dando margem ao conceito de que as mulheres só conseguem ser bem aceitas a medida que elas provam sua feminilidade, vide a tentativa de mudança no comportamento de Calamity Jane. Tendo isso dito, o filme se mostra como um Western Musical muito bem elaborado, com uma trilha sonora contagiante, vencedora do Oscar pela canção Secret Love, com roteiro simples, mas de muito bom humor, cheio de ação do início ao fim, e com uma atuação excelente por parte de Doris, a qual a mesma se refere como sua favorita!

Puro entretenimento, foi a dose de positividade que eu precisava para espairecer.

Amanhã pretendo ter sessão Hitchcock: Um Corpo Que Cai, O Homem que Sabia Demais, Cortina Rasgada.

Tudo é justo no Amor e na Propaganda...

terça-feira, 13 de outubro de 2009
      Ontem eu tive o prazer de assistir Volta Meu Amor (Lover Come Back - 1959), estrelando Rock Hudson e Doris Day no TCM (E legendado! Que benção!), onde Jerry Webster, executivo de uma grande empresa de publicidade de New York, através de métodos pouco ortodoxos, consegue o contrato das Ceras Miller no lugar de Carol Templeton, jovem publicitária de uma empresa concorrente.

Após o advento, na tentativa de escapar das acusações de Carol Templeton, Jerry forja o comercial de um produto imaginário chamado VIP, onde Rebel Davis, uma das garotas que participava de suas noitadas e que fora chamada como testemunha pelo Conselho, iria participar. Com a novidade na boca do povo, Jerry se vê obrigado a procurar por Dr. Linus Tyler, ganhador do Prêmio Nobel de Química, agora em dificuldades financeiras, a quem pede que crie o tal produto.
Ao saber do acontecido, Carol contrata um detetive e avisada pelo mesmo de que Jerry havia ido ao laboratório do famoso químico, decide ir até lá. Pouco antes dela chegar, Dr. Tyler retira-se por alguns minutos, de modo que, ao entrar no local, Carol se apresenta a Jerry, acreditando estar diante do cientista. O trapaceiro aproveita-se da situação para obter o máximo de informações dela.
Daí em diante, fazendo-se passar por um homem inexperiente com mulheres, ele a explora ao dizer que o Sr. Webster prometera levá-lo a restaurantes, cabarés, etc.
O desenrolar da situação eu prefiro não revelar, então só me resta dizer que diferente de Não Me Mande Flores (Send Me No Flowers - 1964), outro filme estrelando a dupla, Volta Meu amor é  para aqueles que gostam de uma comédia despretensiosa e agradabilíssima.
Comecei assistir o filme sozinha e quando terminei, já estavam em minha companhia a minha mãe e meu pai, que gostaram da película tanto quanto eu -a última vez que isso aconteceu foi quando assistimos a Entre Dois Amores (Out of Africa - 1985), um dos meus tearjerkers favoritos!