In Memoriam: Blake Edwards

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
É com muito pesar que venho anunciar a morte de um dos meus diretores favoritos, Blake Edwards.

"O cineasta Blake Edwards, famoso por comédias como "A Pantera Cor-de-Rosa", morreu na manhã desta quinta-feira. Ele tinha 88 anos e era casado desde 1969 com a atriz Julie Andrews, estrela de vários de seus filmes. Segundo seu agente, Gene Schwam, Edwards foi vítima de complicações provocadas por uma pneumonia. Andrews estava a seu lado no momento de sua morte.

A série "A Pantera Cor-de-Rosa", cujo primeiro filme foi lançado em 1964, é o maior sucesso da carreira de Edwards. O longa ficou famoso pela música-tema, composta por Henry Mancini (outro parceiro constante do diretor), e pelo desastrado personagem principal, o inspetor Clouseau vivido por Peter Sellers.

Nascido em 26 de julho de 1922, Edwards começou no cinema como roteirista e tornou-se conhecido primeiro na televisão, com a série "Peter Gunn". Seu primeiro grande sucesso na telona foi "Bonequinha de Luxo", estrelado por Audrey Hepburn. Ele foi contratado para dirigir o filme depois que o cineasta original, John Frankenheimer, foi demitido.

Além de "A Pantera Cor-de-Rosa", outros sucessos do diretor foram as comédias "Mulher Nota 10" (1979), "Vitor ou Vitória" (1982) e "Um Convidado Bem Trapalhão" (1968). Também dirigiu alguns dramas bem-sucedidos, como "Vício Maldito" (1962), com Jack Lemmon.

Seu último trabalho para o cinema foi "O Filho da Pantera Cor-de-Rosa", de 1993, com o italiano Roberto Benigni (de "A Vida É Bela") assumindo o papel que foi de Peter Sellers. O personagem foi revivido por Steve Martin mais duas vezes, em 2006 e 2009, filmes nos quais Edwards não teve qualquer participação. "Blake Edwards foi uma das pessoas que me fez amar comédia", escreveu Martin no Twitter, pouco depois de saber da morte.

Em 2004, ele ganhou um Oscar especial pelo conjunto de sua obra. Ao receber a estatueta, fez jus a seu título de gênio da comédia: apareceu no palco em uma cadeira de rodas em alta velocidade e simulou um acidente."

via Último Segundo.



Adeus, querido Blake. :(

7 comentários:

  1. Caramba, que dó, Lorena. B. Edwards é um dos principais responsáveis pelo amor que tenho à comédia. Imagino como a Julie deve estar se sentindo.

  1. Pois é, Dani. Já sabia que ele estava mal há duas semanas, quando a Julie teve que cancelar alguns de seus compromissos para poder ficar em L.A., mas estávamos na expectativa de vê-lo sair dessa. :(

    Ninguém faz "slapstick comedy" como ele, não é mesmo? Estou muito, muito triste.

  1. Sério? Essa semana eu quase comprei o box da Pantera Cor-de-Rosa na Videolar, e não comprei "A corrida do século" por estar fora do catálogo. Aliás, eu aceito a sua oferta, viu?
    Eu lembro do seu post no blog, não lembro se comentei a respeito, mas eu li.

    Na véspera do dia em que ele faleceu eu passei horas lendo artigos à seu respeito, vendo o site com fotos de algumas pinturas, esculturas e jóias que ele fez... e quando o inclui em minhas orações, pedi que ele resistisse ao menos ao Natal, pois minha família e eu sabemos o que é associar a perda de um ente-querido com esta data.
    Já viu isso? "He was my mate in life in every way possible, and shall forever be in my heart. He will be missed beyond words."

    Nem preciso dizer que estou de coração partido, né?

  1. Lorena, só pude pensar nela administrando essa perda perto do Natal. É fácil nos colocarmos no lugar das pessoas nesse momento, não? Eu também às noites rezo pelos presentes e ausentes, próximos e distantes, e peço com o mesmo carinho pela saúde do Mickey Rooney e das minhas tias queridas. É até estranho pensarmos que não conhecemos pessoalmente algumas pessoas que são tão importantes em nossa vida.

    Aquela sequência do filme do Campanella que citei me lembra outro filme do Blake, a do restaurante de Victor Victoria, tomada num plano de conjunto a partir de fora, que nos deixa ver todo o forrobodó que se forma no lugar. Ainda bem que ainda há diretores que investem no gênero - a screwball não pode morrer, para o bem de nossa saúde mental!

    Também tentei comprar A corrida do século no Brasil, mas quando vi que não a acharia, optei pela Amazon (que, segundo especificado, vende uma edição com legenda em português). O preço está bem legal, então compensou! Mando a minha pra você logo que essa chegar, ok!

    Bjinhos e fica triste não, ok!
    Dani

  1. As Tertulías disse...:

    Ele é eterno e viverá sempre através de seus filmes. Descansou!

  1. Tany. disse...:

    Vim dizer oi e vi esse post e quis tanto te dar um abracinho. Que tristeza isso ter acontecido, infelizmente desde a última premiação que ele apareceu, ou onde eu o vi.. todo doentinho e tão frágil eu pensei que ele não fosse viver muito mais tempo, mas infelizmente eu estava certa.

    Que dor deve ser perder uma pessoa que você compartilhou e amou por tantos anos. O amor da sua vida. Poor Julie.


    E saudades, viu. Te amo.

  1. Oi, Lorena!

    Querida, acabei de receber seu cartão e fiquei muito, muito emocionada. Faz muito tempo que não recebo cartões de Natal (e também um bocado que não mando). Enfim, você me lembrou de uma época em que eu fazia meus próprios cartões e enviava aos amigos. Não sei porque parei de fazer isso, pois é tão bom comemorarmos as datas especiais com as pessoas queridas!

    Preciso te dizer que foi um grande prazer conhecê-la este ano e compartilhar contigo esse amor que tenho pelo cinema clássico e por nossas divas Julie Andrews e Audrey Hepburn. Mesmo distantes, quero que saiba que você pode contar comigo sempre que precisar, viu! E da próxima vez que vier para o interior de Sampa, me avisa e venha ficar aqui em casa!

    Também desejo a você e sua família um Natal muito especial e um maravilhoso ano de 2011. Vou botar amanhã mesmo no correio um cartão de Natal pra você.

    Beijocas
    Dani

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