Após mais de oito horas consecutivas em frente ao computador, manipulando plantas e mais plantas no Autocad, venho homenagear uma das minhas personagens favoritas do cinema (e o motivo principal pelo qual eu me tornei fã de Julie Andrews): Mary Poppins!
O filme é uma adaptação do primeiro de oito contos sobre uma babá mágica inglesa cuja missão é cuidar das crianças da família Banks, publicado em 1934 pela não muito simpática P. L. Travers.
Walt Disney, o homem que conseguia tirar leite de pedra, adquiriu uma mini-obsessão por Mary Poppins, e travou uma "pequena" batalha, que se iniciou em 1938, na tentativa de conseguir os direitos para começar a desenvolver o projeto de adaptação.
Em 1961, Pamela Travers, que até então dizia-se terminantemente contra a adaptação cinematográfica hollywoodiana, cede os direitos a Walt Disney, sob condições de acesso ao desenvolvimento do roteiro do filme.
Com o contrato dos irmãos Sherman para compor músicas que seriam consagradas por gerações e gerações, W.D. parte para a cidade de New York em busca de sua atriz principal, Julie Andrews, que na época dividia os palcos da Broadway com os deliciosos Richard Burton e Robert Goulet, na espétaculo "Camelot".
Ao receber o convite, Julie diz ao Sr. Disney que está grávida de sua filha com Tony Walton, Emma, e ele, por sua vez, diz que a produção pode aguardar.
As filmagens de Mary Poppins finalmente começaram em 1963, na Califórnia, dentro dos estúdios Burbank. O filme, recheado de tecnologias pioneiras, e que estreiou em 1964, foi a última grande obra-prima cinematográfica de Walt Disney, que veio a falecer no ano de 1966.
Mary Poppins foi indicado à treze Oscars em 1965, levando para casa cinco deles, incluindo o de melhor atriz para Julie Andrews, que dedicou sua estatueta à Jack Warner, por ter se negado a contratá-la para a produção cinematográfica de My Fair Lady, resultando em sua subsequente aceitação em trabalhar com Walt Disney.
Apesar de ávida fã das produções dos estúdios Disney enquanto criança, preciso confessar que não assisti ao filme quando pequena; só tive a feliz oportunidade neste ano (2009) por intermédio de uma amiga.
Me apaixonei. Suspeito que talvez não teria apreciado tanto se tivesse assistido enquanto criança, mas certamente cuidarei para que os futuros filhos pródigos não percam a chance de apreciar este maravilhoso musical.
A personagem de Mary Poppins é completamente multifacetada, indo muito além da camada superficial que acredita-se ser praticamente perfeita em todos os sentidos.
É alguém que caminha em uma linha tênue entre a simpatia e uma so-called severidade, mas que na verdade utiliza deste instrumento para estabelecer a proximidade de seu relacionamento com as demais personagens.
Sem falar no envolvimento mais que platônico entre a mesma e seu amigo Bert (Dick van Dyke), insinuado na sequência de It's a Jolly Holiday, à extremo contragosto de dona Pamela Travers, e que eu particularmente adoro e sinto por não ter sido explorado.
Comentários a parte, só há algo a ser unanimamente dito: she's supercalifragilisticexpialidocious!
Parabéns, Mary Poppins!
Curiosidades:
Curiosidades:
- Antes da imagem de Poppins ser retrabalhada, para que esta parecesse mais acessível e simpática diante das câmeras em comparação ao seu comportamento nos livros, foram consideradas Bette Davis, Tuesday Weld e Angela Landsbury para viver a personagem da babá;
- Fred Astaire e Cary Grant foram considerados para o papel de Bert;
- A composição do livro de músicas do filme durou cerca de dois anos;
- Esta foi a produção da época mais cara dos estúdios Disney;
- Tony Walton, primeiro marido de Julie Andrews, foi contratado por Walt Disney como costume designer e set designer do filme;
- Pamela Travers disse que o nariz de Julie Andrews era perfeito para Mary Poppins;
- Walt Disney não comparecia à estréia de filmes dos estúdios Disney desde o lançamento de Branca de Neve e os Sete Anões;
- O Diretor Robert Wise decidiu contratar Julie Andrews para protagonizar The Sound of Music durante uma visita ao set de MP;
- Julie Andrews ofereceu colaboração extra ao filme, fornecendo os assovios dos passarinhos durante a canção A Spoonful of Sugar, e a voz do coro que acompanha Mary Poppins durante a canção Supercalifragilisticexpialidocious;
- Da mesma forma, Dick Van Dyke ofereceu sua colaboração extra para ser Mr. Dayes, dono do Fiduciary Bank. E embora o papel de Bert tenha sido oferecido a ele por Walt Disney, Dick foi obrigado a fazer teste para o papel de Mr. Dayes;
Um dos meus filmes-de-infância, sem dúvida!
Já viu o dvd triplo dele? magnifico, eu adquiri!
Bela resenha, deu pra captar bem rapidamente toda a maravilha do filme!