Aviso aos navegantes...

domingo, 23 de maio de 2010
Andava descontente com o nome do blog, que surgiu diante de uma concepção bem distinta da que existe atualmente. Passei os seis últimos meses pensando com carinho na possibilidade e finalmente encontrei coragem suficiente para mudá-lo.

Sejam, então, bem-vindos ao Burburinho de Outrora.
Mi casa is su casa. 

'Liza Doolittle Day!

quarta-feira, 19 de maio de 2010


One evening the King will say "oh 'Liza, old thing,
I want all of England your praises to sing.
Next week on the Twentieth of May, 
I'll proclaim 'Liza Doolittle day!"

Se foi proclamado, não me restam alternativas a não ser comemorar, certo? Certo. E como a minha Eliza Doolittle é a Julie Andrews (questão de preferência, apesar de eu não ter absolutamente nada contra a versão de Audrey), aqui estão algumas fotos da produção do musical My Fair Lady, por Alan Jay Lerner e Frederick Loewe. 

Aproveitem sem moderações e tenham um excelente Eliza Doolittle day!


Como um conto de fadas, a vendedora de flores é transformada na bela dama.



"Aow, I'm a good girl, I am!"


"She's so deliciously low, so horribly dirty!"


"Wouldn't it be loverly?"


"Think of it, Eliza. Think of chocolates and taxis and gold and diamonds."


"Look at her, a prisoner of the gutter, condemned by every syllable she utters."


"I ain't dirty. I washed my face and hands before I come, I did!"



"I knew she had a career in front of 'er."


"The rain in Spain stays mainly in the plane!"





"Now what call would a woman with that strength in her have to die of influenza? And what become of her new straw hat that should have come to me? Somebody pinched it. And what I say is: them 'as pinched it, done her in."



 

"C'mon Dover, move your blooming arse!"






"By George, I really did it, I did it, I did it! I said I'd make a woman and indeed, I did. I knew that I could do it, I knew it, I knew it! I said I'd make a woman and succeed, I did!  Eliza, you're magnificent. Five minutes ago, you were a millstone around my neck, and now you're a tower of strength, a consort battleship. I like you this way."


"I sold flowers; I didn't sell myself. Now you've made a lady of me, I'm not fit to sell anything else."



"Words, words, words, I'm so sick of words! I get words all day through -
first from him, now from you, is that all you blighters can do?"


"But I'm so used to hear her say, "Good morning" every day... Her joys, her woes, her highs, her lows, are second nature to me now, like breathing out and breathing in... I'm very grateful she's a woman, and so easy to forget! Rather like a habit one can always break... And yet... I've grown accustomed to the trace... of something in the air... Accustomed... to her... face."



"Eliza, where the devil are my slippers?"




Crédito de Fotos: Julie Andrews Forum Gallery; Acervo pessoal.

Músicas de Rodgers e Hammerstein, parte 02.

Getting to Know You
by Richard Rodgers & Oscar Hammerstein (The King and I, 1951/1956)


It's a very ancient saying, but a true and honest thought,
That if you become a teacher, by your pupils you'll be taught.
As a teacher I've been learning -- You'll forgive me if I boast --
And I've now become an expert on the subject I like most.
Getting to know you.
Getting to know you, Getting to know all about you.
Getting to like you, Getting to hope you like me.
Getting to know you, putting it my way, but nicely,
You are precisely my cup of tea.
Getting to know you, getting to feel free and easy
When I am with you, getting to know what to say
Haven't you noticed suddenly I'm bright and breezy?
Because of all the beautiful and new things I'm learning about you
Day by day.

Nada como uma boa secretária... (parte três)

terça-feira, 18 de maio de 2010
Hoje lhes trago mais um capitulo da saga das secretárias, The Super Secs: Behing the Scenes with the Secretaries of Movie Stars. No trecho a seguir veremos que até uma diva como a Julie sabe aplicar bem todas (e eu digo todas!) as expressões disponíveis no vernáculo (risos), mesmo que seja nas horas mais inapropriadas (hehe).

Quando fui passar seis meses em Londres, como assistente do Blake no programa The Julie Andrews Specials, me peguei completamente despreparada para enfrentar o sistema telefônico deles. Lá, ter linhas cruzadas é algo tão comum, que o que me surpreendeu é não ter a companhia telefônica anunciando na propaganda que você pode ter duas conversas distintas pelo preço de uma só. Quero dizer, nada que você fala pelo telefone pode ser considerado confidencial, pois qualquer estranho pode estar do outro lado da sua linha te escutando. 
Pra falar a verdade, eu sei de pelo menos um divórcio e mais dois acordos de filmes que foram cancelados, por motivos que podem ser atribuídos diretamente ao sistema de comunicação de Londres. Lá não há a menor necessidade de gastar dinheiro mandando instalar escutas – a companhia telefônica de Londres faz um ótimo trabalho, e o melhor, de graça!
Para a maioria das pessoas, um serviço tão precário como esse é simplesmente um inconveniente. Mas pro Blake isso é traumático, já que ele telefona pro mundo inteiro como se estivesse ligando para um vizinho qualquer. Quando ele se ausenta devido a alguma viagem, ele passa a ligar regularmente para casa – duas vezes por dia, uma de manhã e uma à noite.
Vários anos atrás ele se encontrava em uma festa em Londres quando resolveu ligar para Julie, que estava em Los Angeles. Foi uma ligação que quase causou um incidente de proporções internacionais.
“Olá querida,” Blake a cumprimentou pelo telefone.
“Onde você está?” Julie questionou ao ouvir a barulheira no fundo da ligação.
“Estou em um jantar... Ei tem alguém aqui que quer dizer Oi pra você.”
Alguns instantes depois alguém com um sotaque britânico extremamente carregado falou pela linha. “Olá, Julie.”
“Olá,” Julie respondeu educadamente. Ela ficou se perguntando quem poderia ser, mas presumiu que fosse alguém conhecido, e assim preferiu não questionar a identidade da pessoa.
Em seguida Blake retornou à linha. 
Com um tom de curiosidade e um pouquinho de ciúme, Julie perguntou quem era aquela mulher.
“Princesa Margaret,” ele respondeu, e procurando convencê-la da verdade, Blake estendeu o telefone à sua ilustre acompanhante, que colocou o receptor em seu ouvido a tempo de ouvir Julie dizer, “Princesa Margaret é a minha bunda!”

Nada como uma boa secretária... (parte dois)

segunda-feira, 17 de maio de 2010
Aqui vai mais um capítulo que eu traduzi do livro The Super Secs: Behing the Scenes with the Secretaries of Movie Stars. Neste trecho, Linda Hunter relata como retornou a trabalhar com Blake Edwards e qual era a sua impressão de Julie Andrews antes de conhecê-la.

“Não farei nenhum filme por enquanto, Linda. Irei me dedicar exclusivamente à Causa Negra. Acredito que Alice será capaz de lidar com tudo, então não acho que haverá trabalho o suficiente para vocês duas,” disse Brandon.
Em seguida nos despedimos entre abraços e promessas de manter o contato, e depois me declarei oficialmente desempregada. “Tirarei longas férias...” eu pensei comigo mesma - até receber um telefonema de Blake alguns dias depois.
“Ouvi dizer que você não está trabalhando, e eu estou precisando de alguém...” ele comentou. 
“Bem...” eu hesitei. “Eu estou disponível, mas...”
Meu conflito estava acima da minha vontade de tirar as tais longas férias. A realidade era que a vida de Blake agora envolvia Julie Andrews, e pra ser bem franca, eu estava receosa em trabalhar para a Mary Poppins. Aquela doçura em excesso não era muito atrativa pra mim. Eu conseguia imaginá-la correndo pela casa, cantando “The Hills are alive...” estampando um sorriso capaz de produzir náuseas – toda certinha e apropriada, usando blusas de gola alta, cheias de babados.  
A personalidade dela parecia um contraste extremo em comparação a de Blake, que era dono de uma atitude bem informal, e que tinha uma verdadeira paixão por piadas. Mas eu queria ver Blake de novo, e antes que eu pudesse evitar, me ouvi dizer a ele, “Sim, estou interessada”
Então lá estava eu, durante uma tarde ensolarada de sábado, dirigindo por uma estrada sinuosa a caminho da casa de Blake, me sentindo infinitamente mais segura e confiante do que na tarde chuvosa em que fui à casa de Marlon Brandon, um ano antes.
Blake havia me orientado para procurar um carro que estivesse estacionado na garagem, com um adesivo na traseira escrito “Mary Poppins é uma drogada.”
Eu ri, pensando que este era exatamente o tipo de piada que Blake faria, mas o carro com o adesivo de fato estava lá. Estacionei atrás dele, e andei pelo longo caminho que levava à porta da casa. Ao chegar lá, toquei a campainha.
Uma empregada me recebeu, me levando a uma sala iluminada, com cheiro de velas aromáticas da Rigaud, cheia de flores e pinturas abstratas feitas por Blake, que apareceu quase que imediatamente para me cumprimentar
Seu cabelo castanho agora tinha alguns toques de cinza, mas ele ainda tinha a mesma característica juvenil, e se vestia de maneira bem informal, como sempre - calça cáquis, gola role e um par de sapatilhas. Ele me olhou, depois me cumprimentou com um beijo nas bochechas.
“Como você tem andado, Linda? Você aparenta estar ótima!”
“Eu estive muito bem… ocupada, é claro. Como você sabe, estava trabalhando para Marlon Brandon.”
A reação dele me surpreendeu, apesar de ter sido normal em comparação a de um fã. “Como foi trabalhar para ele? Quero dizer, como ele é de verdade?”
Minha resposta foi evasiva. “Foi bom, ruim, maravilhoso, terrível, bem divertido, uma experiência incrível e sempre muito interessante... da mesma forma que foi trabalhar para você.”
Ele sorriu. “Pois é, você já passou por isso... Mas eu quero que você conheça a Julie.” E como se estivesse esperando por sua deixa, Julie adentrou a sala – quer dizer, eu presumi que fosse Julie, porque ela andou em direção a Blake e lhe deu um abraço e um beijo bem apaixonado.
De todo modo, esta certamente não era a Julie Andrews que eu havia imaginado. Esta mulher era mais alta, mais magra, embora curvilínea, e ela definitivamente não estava usando nenhuma blusa de gola alta com babados. Ela usava uma blusa de seda na cor azul turquesa, desabotoada o suficiente para relevar um modesto decote, e um par de calças brancas bem justas que revelavam sua bela figura. Sua pele brilhosa era impecável, as cores dos seus olhos eram da mesma cor da blusa azul turquesa e o cabelo castanho-claro estava meio jogado para todos os lados – não era extremamente curto e enrolado como eu havia visto em fotos. Ela andou até a mim, sorriu e revelou os dentes mais brancos e perfeitos que eu já tinha visto fora de um comercial de pastas de dente.
“Olá, eu sou Julie Andrews, e você deve ser a Linda. Muito prazer em conhecê-la. Aceitaria uma taça de vinho?”
Eu tomei o vinho enquanto nós três passamos o tempo sentados, conversando, rindo e nos divertindo. Eu não queria que aquela tarde, tampouco que a minha recém amizade com Julie, acabasse.
“Quando eu começo?” eu perguntei.
Blake sorriu e respondeu: “Segunda-feira de manhã.”

Nada como uma boa secretária... (parte um)

domingo, 16 de maio de 2010
Por estes dias encontrei por acidente um livro chamado The Super Secs: Behing the Scenes with the Secretaries of Movie Stars, escrito por Alice Marchak e Linda Hunter, que trabalharam para estrelas como Marlon Brandon, Julie Andrews, Blake Edwards entre outros.

Infelizmente não consegui encontrá-lo na íntegra, e os trechos que possuo são todos relacionados a Julie Andrews e Blake Edwards. Pensei, então, em traduzir algumas anedotas que são de render algumas risadas.

Esta primeira é um relato sobre uma das várias indiscrições causadas por "fãs".
A casa de Julie e Blake, que fica em Beverly Hills, está localizada em uma tranquila curva, cheia de propriedades magníficas, e as pessoas que passam por lá em seus carros dirigem a 20Km/hora. Sim, isto quer dizer que a casa deles consta no mapa com a listagem de casas de estrelas do cinema localizadas na Avenida Sunset Boulevard em Hollywood. E logo após os Edwards terem se mudado para lá, Julie reclamou, impressionada, "Linda, sabe o que as crianças me contaram? Que o mapa já tem nosso novo endereço antes mesmo de termos retirado as coisas do depósito!"  
E uma vez instalados definitivamente na nova casa, tornou-se corriqueiro ter ônibus de turismo parando na porta deles duas a três vezes durante o dia.
Uma tarde me reuni com Julie, Blake e alguns parceiros de negócio que eles estavam entretendo enquanto ofereciam coquetéis. No meio da nossa conversa escutei o som de um ônibus freando lá fora, mas preferi ignorá-lo, já que esse barulho já havia se tornado um tanto quanto comum. Algum tempo depois, enquanto eu me dirigia à cozinha para servir mais bebida ao meu copo, a campainha tocou. 
Algum retardatário, eu pensei, enquanto o mordomo chinês recém-chegado de Hong Kong atendia a porta. Mas, ao contrário do que havia imaginado, eu me deparei com um passageiro do ônibus de turismo - um homem alto e esguio, vestindo uma bermuda, com duas câmeras penduradas em seu pescoço e duas crianças risonhas agarrando suas pernas, questionando, "A Sra. Andrews se encontra?"
"Muito bem," concordou o mordomo entusiasmadamente em seu limitado inglês. "Pode entrar."
Assisti congelada ao mordomo guiando o trio até a sala aonde estávamos reunidos, onde ele anunciou solenemente, "Sra. Andrews, alguém ver você."
"Vocês poderiam me dar licença por um instante?" Julie nos perguntou calmamente enquanto se levantava para cumprimentar os intrusos - e então nós assistimos incredulamente enquanto ela assinou a caderneta de autógrafos de cada um e depois posou com as crianças, que agora aparentavam estar completamente estupefatas, ao passo de que o pai parecia estar bem despreocupado tirando as fotos.
Julie agiu como se isso fosse a coisa mais natural do mundo a acontecer durante suas reuniões, e Blake balançou a cabeça e me olhou com um olhar que expressava tanto orgulho quanto admiração. 
Lá fora o ônibus havia começado a buzinar persistentemente. 
"Ah, eu sinto muito por não poder tirar mais fotos, mas eu preciso ir ou perderemos o ônibus," disse o homem desajeitadamente enquanto pedia desculpas de Julie. "Mas muito obrigado, dona, você é muito bonita."
E então ele disse adeus e acenou para os outros convidados enquanto corria para a porta, com as duas crianças atrás dele. Ao fim, Julie chamou por ele dizendo, "Não esqueça de me enviar algumas cópias!" 
É dose ou não é? Só Julie pra fazer uma coisa dessas.

Músicas de Rodgers e Hammerstein, parte 01.

It Might as Well be Spring 
by Richard Rodgers & Oscar Hammerstein (State Fair, 1945)


The things I used to like, I don't like anymore.
I want a lot of other things I've never had before.
It's just like mother says, I sit around and mope,
Pretending I am wonderful and knowing I'm a dope.
I'm as restless as a willow in a windstorm, I'm as jumpy as a puppet on a string.
I'd say that I had spring fever, but I know it isn't spring.
I'm starry-eyed and vaguely discontented like a nightingale without a song to sing.
Oh, why should I have spring fever when it isn't even spring?
I keep wishing I were somewhere else, walking down a strange new street.
Hearing words that I have never heard from a man I've yet to meet.
I'm as busy as a spider spinning daydreams, I'm as giddy as a baby on a swing.
I haven't seen a crocus or a rosebud Or a robin on the wing.
But I feel so gay, In a melancholy way, That it might as well be spring,
It might as well be spring.

quotes for life - parte 01.

segunda-feira, 10 de maio de 2010
Meryl Streep me ganhando pra vida:

"I will never forget the Broadway shows my Mom brought me to see when I was a kid, and she blames my whole career on that early exposure to Ethel Merman, Diahann Carroll, Barbara Cook, Barbra Streisand, Julie Andrews, Carol Channing and Mary Martin.
I went to the School of Divas."
Meryl Streep 

Julie Andrews: our everlasting gift of music.

domingo, 9 de maio de 2010
Como alguns já devem saber, hoje foi o grande dia em que Julie Andrews, minha querida diva-mor, voltou aos palcos de Londres, após uma ausência de 30 anos.

Aos amigos leitores de primeira viagem, Julie teve que se submeter a um procedimento em 1997 para remover calos que haviam se formado em suas cordas vocais, e em decorrência da negligência médica dos profissionais responsáveis pela cirurgia, sua linda voz foi prejudicada... Julie ficou tão transtornada ao descobrir que não poderia mais cantar, que se viu obrigada a procurar ajuda em uma clínica de reabilitação para traumas durante um curto período.

Julie se apresentando na Arena O2, em Londres.
Fonte: Getty Image

Logo, voltar aos palcos para se apresentar torna-se algo extremamente especial. Mas este já não é o primeiro concerto no qual Julie faz parte - houveram outros durante o ano de 2008 nos Estados Unidos, na turnê nomeada como "The Gift of Music." Nestes concertos, Julie canta duas ou três músicas, fazendo uso do método sing-speak que foi bem utilizado por seu co-star Rex Harrison em My Fair Lady, pelo ator Robert Preston em The Music Man, e por ela mesma em Princess Diaries 2: Royal Engagement. Além disto, ela convida cantores da Broadway para colaborarem com apresentações.

Julie Andrews devolve aos nossos corações a felicidade de tê-la aos palcos.
Fonte: Getty Image

O show de Londres não seria diferente - haveria inclusive a narrativa que ela realizaria de "Simeon's Gift", uma adaptação de um livro que escreveu junto com sua filha Emma Walton Hamilton.

De antemão, já sabia que neste show das poucas músicas que Julie fosse cantar, uma delas seria A Cockeyed Optimist, canção escrita pela premiada dupla Richard Rodgers e Oscar Hammerstein para o musical South Pacific. E felizmente pude obter algumas informações sobre o concerto à medida que este ocorria. A primeira parada cardíaca foi saber que ao final do primeiro ato houve um sing-along de Do-Re-Mi, puxado por Julie. Imaginem que coisa maravilhosa? Ela também cantou My Funny Valentine. O repertório contava ainda com outras canções de  South Pacific, The King and I, The Sound of Music entre outros.

Em contrapartida, já li comentários contrariados partindo de pessoas que demonstram ignorância quanto ao conteúdo do "concerto." A opinião individual do público sempre termina sendo muito subjetiva, mas as reclamações estão direcionadas à questões que a Julie repetiu exaustivamente em entrevista após entrevista -  que sua voz já não era a mesma, que ela não cantaria durante o show inteiro, e que ela esperava que as pessoas entendessem e não saissem decepcionadas. Ainda sim, houveram aqueles que esperassem que Julie rompesse palco afora, exibindo a voz que um dia cantou I Could Have Danced All Night ou Supercalifragilisticexpialidocious.

Bem, eu particularmente não estaria ligando pra nada disso. No auge do concerto, eu não me importaria de ver Julie cantando ou recitando atirei-o-pau-no-gato, pois qualquer porcariazinha que fosse me faria feliz pro resto da vida. A ocasião, por si só, se registra como um momento único e inigualável.

Julie Andrews no palco da Arena O2, acompanhada da Orquestra.
Fonte: Getty Image

Enfim, acabei de chegar em casa e resolvi olhar o youtube. Surpresa, surpresa, pois não é que já haviam videos feitos durante a apresentação de hoje?

Eis então a performance de Julie Andrews de A Cockeyed Optimist - versão esta que me reduziu a um rio de lágrimas. Estou tão, tão orgulhosa que me faltam palavras. Esta é a prova do quão ela é incrivel, corajosa e impressionante.


Adoro-te querida Julie. Obrigada por nos lembrar todos os dias a importância de perseverar.

Um felicíssimo Dia das Mães a ela e as nossas! Bom Domingo.

Our huckleberry friend, Audrey Hepburn.

terça-feira, 4 de maio de 2010
No início da minha adolescência fui apresentada ao rosto de Audrey Hepburn, sem ao menos entender o que ele verdadeiramente representava - ou melhor, representa. Na minha cabeça, aquela moça cujo nariz  afilado, sorriso honesto e olhar expressivo não era nada mais que uma figura representativa do glamour Hollywoodiano. Para eliminar essa triste concepção, foram necessários alguns anos. Cortando para os dias atuais, noto que a percepção equivocada não é um "faux pas" exclusivo de minha parte, e é exatamente o que me leva a questionar: quem seria Audrey Hepburn?


Seria ela o sinônimo de Holly Golightly - a moça do vestidinho preto de corte reto, com luvas brancas, colar de pérolas, um lindo Ray-Ban Wayfarer e tiarinha na cabeça - que ao sentar na janela e humildemente cantar Moon River nunca falhara em me reduzir a lágrimas? Ou seria a princesa que todas nós um dia sonhamos ser, fugindo de suas obrigações por alguns momentos, passeando e se apaixonando Roma afora? Ainda, seria ela a filosófica garota de beleza ordinária, a momentos de ser transformada na nova cara da moda de Paris? Ou não seria ela uma vendedora de flores a passos de virar uma de nossas eternas "Fair Ladies" da sociedade?

Para os que não tiveram a oportunidade de se aprofundar em sua biografia, estas inevitavelmente tornaram-se associações ao seu nome, a sua pessoa. Entretanto, para os que puderam transcender as imagens de suas personagens, que são sem sombras de dúvida tão marcantes e simbólicas de sua carreira, Hepburn pode ser vista como um ser iluminado, que se dedicou incontestavelmente a ajudar o próximo; que se transformou em sinônimo de beleza, ao carregar uma aparência pouco convencional, porém única; com um caráter honesto, íntegro, e que procurava transmitir mensagens positivas ao mundo.

Pessoalmente falando, Audrey transcendeu algumas de minhas barreiras psicológicas, e conquistou seu lugar de respeito e merecimento em meu coração.

Ela, que era um ser extremamente especial, cuja grandeza e talento permanecem inegáveis em face da admiração e carinho de milhões, teria completado ontem (04 de Maio) 81 anos de vida. E embora não possamos mais comtemplar sua matéria, não nos resta dúvidas de que sua memória ficará guardada na História, inspirando gerações adiante.


"People, even more than things, have to be restored, renewed, revived, reclaimed, and redeemed; never throw out anyone."


"I was born with something that appealed to an audience at that particular time...I acted instinctively. I've had one of the greatest schools of all - a whole row of great, great directors."



"I understood the dismay of people who had seen Julie on Broadway. Julie made that role her own, and for that reason I didn't want to do the film when it was first offered. But Jack Warner never wanted to put Julie in the film. He was totally opposed to it, for whatever reason. Then I learned that if I turned it down, they would offer it to still another movie actress. So I felt I should have the same opportunity to play it as any other film actress."




"People associate me with a time when movies were pleasant, when women wore pretty dresses in films and you heard beautiful music. I always love it when people write me and and say 'I was having a rotten time, and I walked into a cinema and saw one of your movies, and it made such a difference.'"




"Living is like tearing through a museum. Not until later do you really start absorbing what you saw, thinking about it, looking it up in a book, and remembering - because you can't take it all in at once."


"Success is like reaching an important birthday and finding you're exactly the same."




"How shall I sum up my life? I think I've been particularly lucky. Does that have something to do with faith also? I know my mother always used to say, 'Good things aren't supposed to just fall in your lap. God is very generous, but he expects you to do your part first.' So you have to make that effort. But at the end of a bad time or a huge effort, I've always had - how shall I say it? - the prize at the end. My whole life shows that."


Audrey Hepburn
* 04-Maio-1929
+ 20-Janeiro-1993