Top 5 por 5: Cinco Cenas preferidas pra Cantar/Dançar junto.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Pelas minhas escolhas, acho que dá pra perceber os motivos pelos quais eu não me chamo de cinéfila. Ao invés de ser um tanto quanto politicamente correta e eleger o que alguns chamariam de grandes obras primas, eu escolhi (neste caso) os filmes que me deixam mais feliz quando os assisto.

Nossa, teria sido incrivelmente fácil escolher somente os filmes  que fazem parte da filmografia da Julie Andrews, fácil até demais, visto que ela é, na minha concepção, a rainha dos musicais. E eu realmente adoro todos os musicais que ela fez, de Mary Poppins à Victor/ Victoria, mas seria injusto, afinal existem outros musicais que eu gosto e merecem reconhecimento. Decidi, então, que isso será material para uma postagem futura.

Por enquanto aqui estão os eleitos às Cinco Cenas preferidas pra Cantar/Dançar junto.
O primeiro lugar foi um empate entre os meus dois filmes preferidos. É óbvio que eu não conseguiria deixá-los de fora e muito menos conseguiria escolher um dos dois pra ficar como único merecedor do primeiro lugar.

1. A Noviça Rebelde; Do-Re-Mi
“Let’s start at the very beginning, a very good place to start!”


O filme inteiro é um grande "feel-good". Até mesmo quando os nazistas aparecem ou quando a Liesl insiste em falar do Rolfe. Já repeti isso inúmeras vezes aqui no blog, mas é fato, A Noviça Rebelde é uma das melhores coisas já inventadas. Definitivamente one of my favorite things.

E, fala sério, existe algo mais sacarino e divertido que uma governanta mais sete crianças cantando e correndo por Salzburg? Não conheço alguém que consiga resistir à Do-Re-Mi. Até minha mãe, que é relutante em admitir que gosta do filme - e eu tenho parcela de culpa nisto, porque forço a barra - cantarola e assovia do-re-mi pela casa nas horas mais inusitadas quando ela acha que eu não estou ouvindo.

1. Mary Poppins; Supercalifragilisticexpialidocious
“You better use it carefully or it could change your life!”


Desde a primeira vez que assisti Mary Poppins, não sei qual elemento do filme me seduz. Este foi, afinal de contas, o filme que desencadeou minha admiração pela Julie Andrews. Há alguma coisa em sua atenção que hipnotiza. Às vezes agradeço a falta de incentivo por parte dos meus pais de ter assistido a esse filme quando eu era pequena, pois tenho certeza absoluta que seria incapaz de captar certas nuances do filme hoje.

E então temos Supercalifragilisticexpialidocious. Adoro como a letra dos Sherman brothers gruda na cabeça feito um verdadeiro chiclete. Independente em qual situação você se encontra, é só pensar na palavra e pronto, as coisas melhoram! É quase um feitiço. E como todo bom feitiço, essa cena não poderia ficar de fora.

2. Mamma Mia; Dancing Queen
“You can dance, you can jive, having the time of your life!”
 

Aos que não puderam assistir a este filme, ou que assistiram e não gostaram, boohoo! Dos musicais da última década, que a propósito foram pouquíssimos, esse é possivelmente o meu preferido. Foi uma felicidade imensa ter Meryl Streep no elenco e uma maravilhosa surpresa. Todas as vezes que assisti ao filme nas salas de cinema (quatro vezes, pra ser exata), eu sai renovada, cantando e pedindo bis.  E assim que o DVD saiu eu corri e garanti minha cópia.

Parte da imprensa não foi gentil com o filme, tampouco alguns críticos de cinema que acharam mal gosto da grande Meryl de ter coragem de atuar no filme. Entretanto, o que vale é a recepção do público, no final de contas, não é? E foi massiva. Um belo "cala-a-boca" às más línguas.

Nos últimos quinze a vinte anos, talvez até mais, as produções musicais se tornaram raras em Hollywood, e de fato poucas valiam/valem à pena ser investidas. Espero que Mamma Mia! tenha vindo pra modificar esse cenário. A Academia certamente soube celebrar esse fato na cerimônia do ano passado, que foi uma grande surpresa. Cheia de boas modificações e Hugh Jackman como um ótimo host. Agora é pagar pra ver.

3. Meet me in st. Louis; The Trolley Song
“Clang clang clang went the trolley. Ding ding ding went the bell. Zing, zing, zing went my heartstrings as we started for Huntington Dell.”


Gente, é The Trolley song! Outra felicidade: uma Judy Garland apaixonada cantando em um bondinho. Acho que não preciso falar muito, preciso?

4. Hairspray; You Can't Stop the Beat
“Cause the world keeps spinnin' Round and round and my heart's keeping time to the speed of sound I was lost til I heard the drums Then I found my way, you can’t stop the beat”


Outro musical contemporâneo um tanto quanto mal recebido. Paciência para aqueles que não toleraram John Travolta em uma fat-suit interpretando uma mulher obesa, encarando as mudanças que viriam com os anos 60. Adoro! Os efeitos de Hairspray foram bastante similares ao de Mamma Mia, apesar de só ter assistido uma vez nos cinemas.

5. Hello Dolly; Put On Your Sunday Clothes
"Put on your Sunday clothes when you feel down and out, strut down the street and have your picture took dressed like a dream your spirits seem to turn about, that Sunday shine is a certain sign that you feel as fine as you look!"


Adoro essa sequência de Alô Dolly, e adoro mais ainda a reprise no final. Quem não gostaria de fazer parte desse mundo onde todos dançam e cantam juntos, deixando seus problemas e preocupações para trás? Alô Dolly foi filmado em 1969, época onde os musicais estavam entrando em uma espécie de extinção. Dirigido por Gene Kelly, estrelando Barbra Streisand e Walter Matthau, o filme foi indicado a sete academy Awards, incluindo o de Best Musical adaptation.


Menção Honrosa: Cantando na Chuva; Singin' in the Rain
"I'm singing in the rain Just singin' in the rain What a glorious feeling I'm happy again I'm laughing at clouds So dark up above The sun's in my heart And I'm ready for love"


Vamos lá, vocês realmente acham que não mencionaria esse filme? Talvez Cantando na Chuva seja mesmo um filme supervalorizado, eu não estou aqui pra entrar no mérito e julgar. Mas quem nunca teve vontade de sair cantando "Singin' in the rain" debaixo de chuva, que atire a primeira pedra. Até mesmo quando eu era mais nova e não tinha tanto apreço pela sétima arte, eu sabia dessa referência lendária.

E deixando os detalhes técnicos da produção de lado, é praticamente impossível não curtir o querido Gene Kelly cantando e sapateando na maior felicidade.

~~*~~

Amanhã seguirei com a última postagem da "meme." Ficaria feliz se deixassem sugestões para futuras postagens.

6 comentários:

  1. Quanta gentileza de sua parte, Patrícia.

    Obrigada pelo comentário e pela visita!

  1. As Tertulías disse...:

    Linda, linda, linda postagem.
    A selecao? Tambem perfeita...
    Um beijo
    Ricardo

  1. Gracinha de postagem, Lorena! Sou apaixonada por musicais e pela Julie Andrews. Amo A Noviça rebelde desde que era adolescente e o revejo pelo menos todo ano. Tenho uma lindíssima edição dupla dele com extras que me deliciaram por 3 horas! Pra falar a verdade, não gosto muito de Mary Poppins. A trilha sonora é belíssima, mas o filme me soa um pouco, digamos, falsificado (não brigue comigo!...). Os outros são meus preferidos também. Não vi Hairspray (valeu pela sugestã!) e simplesmente amo Cantando na chuva. Ele tem uma importância muito especial pra mim - preciso blogar minha história sobre ele!
    Adorei suas montagens fotográficas!

  1. A propósito, você precisa dar uma olhada em minha seleção: http://ofilmequeviontem.blogspot.com/2008/12/musicais-uma-seleo.html. Lá há "The trolley song", uma das minhas canções - e sequências musicais - preferidas.

    Beijocas

  1. Ah, que maravilha descobrir mais uma cinéfila que é apaixonada por musicais e Julie Andrews concomitantemente! A edição que você tem é a do 40o. aniversário? Se for, eu também tenho esta. Ganhei a primeira cópia em DVD em outubro de 2008, quando assisti ao filme pela primeira vez (pasme!), e o DVD 2, com os extras, veio com falha. Não pude trocar pois era a única cópia da loja na época. Esse ano eu não resisti e comprei outra cópia na Saraiva, pela necessidade de assistir a todos os extras.

    Não vou brigar com você quanto a Mary Poppins, não. Pra ser completamente sincera, não sei mais distinguir se meu afeto pelo filme é devido ao conjunto da obra ou se é, em grande parte, pela presença da própria Julie. Hoje assisti o making-of de MP enquanto procurava pelo video do Golden Globes de 1965, onde a Julie ganhou pelo filme e ao fim do discurso agradeceu ao Jack Warner (impagável), e pelo arrepio que eu tive dos pés a cabeça, vendo uma montagem com cenas do filme, me leva a crer que talvez seja ambos os fatores.

    Vou esperar ansiosamente pela postagem sobre Cantando na Chuva, hein? E obrigada!

  1. hehe, acho que é muito difícil não ter um envolvimento afetivo com os filmes, o que interfere no nosso julgamento sobre eles. Isso acontece com a literatura também, por isso os professores pedem que a gente leia dezenas de vezes a obra que vai analisar, para atentar para seus aspectos técnicos. Eu tenho esse relacionamento afetivo com uma porção de filmes, mas, apesar de adorar a Julie, não consigo me interessar por esse - e parte disso se deve ao meu chateamento por saber que a Audrey Hepburn sequer concorreu ao Oscar por My fair lady, feito no mesmo ano, no qual ela se sobressai muito mais do que a Julie.

    Bjinhos. A postagem sobre o Cantando vai sair sim! Fiquei empolgada agora!

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