O mal do "Writer's Block".

domingo, 21 de fevereiro de 2010
Meus amigos, estou sofrendo de um mal: bloqueio de (pseudo) escritor.
A boa notícia é que tem cura. Tudo bem, confesso que ainda não sei exatamente qual é o remédio pra curar essa pedra em cima do meu sapato, então eu peço-lhes que se encontrarem minha inspiração pairando por ai, por favor avisem-na que eu estou à sua procura, combinado?

Enquanto eu lamento a perda da minha inspiração, o mundo lamenta a perda de Kathryn Grayson (1922 - 2010), que deixou este mundo terreno para se reunir aos grandes, lá em cima. Que ela esteja em paz.

E aos amigos, deixo esta fotografia de Julie Andrews e Rex Harrison em um de seus "curtain calls" de My Fair Lady. Para vizualizar melhor, é só clicar em cima da figura.

 Fonte: www.so-classic.org

P.S: Dani, peço desculpas pelo atraso dos links dos episódios do The Julie Andrews Hour, mas até amanhã estarei postando o terceiro episódio. O programa de conversão que eu uso estava dando alguns problemas e só agora consegui resolver. ;)

The Julie Andrews Hour

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Abaixo segue a lista de episódios do The Julie Andrews Hour, por ordem de exibição. À medida que eu for atualizando com os links, irei riscando os títulos. Devido ao limite de tamanho dos arquivos para upload, infelizmente fui obrigada a dividir os episódios em partes diferentes para que pudesse carregá-los no 4shared. Estou acrescentando o link com o programinha utilizado para unir as "split parts".
HJ+Split: http://www.4shared.com/file/222580709/3387ea91/HJSPLIT.html
Mais uma vez peço que, ao postar os links para downloads em outro site, não esqueçam de dar os devidos créditos a minha amiga Zsazsa, ou ao meu próprio blog.
No mais, apreciem sem moderações!

1. 13-Sep-72; One woman show
Parte 1: http://www.4shared.com/file/221427510/7d175e3a/JAH_-_1zip.html
Parte 2: http://www.4shared.com/file/221427559/60a7239a/JAH_-_1zip.html
Parte 3: http://www.4shared.com/file/221427713/e79adbee/JAH_-_1zip.html
2. 20-Sep-72; Guest Starring Carl Reiner, Cass Elliott
http://www.4shared.com/file/223338122/50a4dc7e/JAH_-_2.html
3. 27-Sep-72: Jack Cassidy, Ken Berry
http://www.4shared.com/file/226941245/a657cf59/JAH_-_3.html
4. 04-Oct-72: Don Rickles
http://www.4shared.com/file/227123737/6ebe4eab/JAH_-_4.html
5. 11-Oct-72: Robert Goulet
http://www.4shared.com/file/227833743/3cfd640d/JAH_-_5.html
6. 18-Oct-72: Steve Lawrence
http://www.4shared.com/file/232266970/44703863/JAH_-_6.html
7. 25-Oct-72: Diahann Carroll, Phyllis Diller
http://www.4shared.com/file/232465965/e9edb15e/JAH_-_7.html
8. 01-Nov-72: Dan Dailey, Cass Elliott
http://www.4shared.com/file/233223269/4ccb0321/JAH_-_8.html
9. 08-Nov-72: Robert Goulet, Joel Grey
Parte 1: http://www.4shared.com/file/235202786/e590f0ea/JAH_-_9zip.html
Parte 2: http://www.4shared.com/file/236865214/5e731c86/JAH_-_9zip.html

22-Nov-72: Donald O'Connor, The Young Americans, and Adriana Caselotti
29-Nov-72: Harry Belafonte, Sivuca
06-Dec-72: Smothers Brothers, Jack Cassidy
13-Dec-72: Tony Randall, Keith Michell
20-Dec-72: James Stewart (actor). With cameos appearances by: Joel Grey, Carl Reiner, Cass Elliott, Jack Cassidy
10-Jan-73: Keith Michell
20-Jan-73: Jim Nabors, Eydie Gorme, Maria von Trapp
27-Jan-73: Peggy Lee, Robert Goulet
03-Feb-73: Sid Caesar, John Davidson (entertainer)
10-Feb-73: Angela Lansbury, Steve Lawrence, Luiz Bonfa
17-Feb-73: Sandy Duncan, Sergio Franchi, and Muppets Thog and Rowlf the Dog
03-Mar-73: Sammy Davis Jr
17-Mar-73: Carol Lawrence, Steve Lawrence
24-Mar-73: Donald O'Connor, Harve Presnell
31-Mar-73: Henry Mancini

Julie! (1972)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Julie! Um Documentário por Blake Edwards

Com duração de uma média de sessenta minutos, temos a oportunidade de ver a atriz, cantora e escritora Julie Andrews sendo exposta ao escrutínio do público no documentário elaborado por seu marido e cineasta Blake Edwards, lidando com os impasses de ser estrela, mãe e mulher diante da proposta de ter seu próprio programa de variedades, o “The Julie Andrews Hour”, indicado ao Globo de Ouro (1973) por Best TV Actress in a Comedy/Musical e ganhador de três Emmy Awards (1973).

Recomendação: A qualidade do vídeo não é das melhores, visto que este material só pode ser encontrado em fitas caseiras que, a propósito, não são de minha autoria. Estarei creditando o material no nome da minha amiga Zsazsa, que gentilmente me enviou os DVDs do The Julie Andrews Hour junto com o documentário. Peço a vocês, em respeito a ela, que, por favor, façam o mesmo se tiverem a intenção de postar o link para download em algum outro lugar.

Atendendo ao pedido especial da Dani (filmes, filmes, filmes), também estarei postando, pouco a pouco, os episódios do The Julie Andrews Hour.

Apreciem sem moderação!

Kreativ Blogger Award

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
I'm delighted to have been nominated by Danielle (Filmes, Filmes, Filmes) for the award. Thank you so much for your kindness, my dear. It's an honor.

While it would be nice to see the people I've tagged replying to the nomination, I don't want you to feel obliged to do it. Hopefully you'll be as grateful as I am. Now, here's what one must do to receive it:



1. Thank the one who gave it to you.
2. Copy the logo and place it on your blog.
3. Link to the person who nominated you for this award.
4. Name 7 things about you that people think are interesting.
5. Nominate 7 Kreativ Bloggers.

1. My intention when I first created the blog was to translate my favorite excerpts from Julie's Memoir, knowing that not many people have had the opportunity and the joy to read it. Well, so much for that... In all honesty, not in my wildest dreams I would have thought I would astray from what I had envisioned to wind up talking mostly about cinema.

2. The first movie that I have watched with original sound (i.e. with subtitles), of my recollection, was The First Wives Club (O Clube das Desquitadas), starring Bette Middler, Goldie Hawn, Diane Keaton and Maggie Smith. I was five, maybe six years old at the time. To this day, it still remains as one of my favorite movies.

3. I've learned how to speak English by being an autodidact at the age of twelve. High School gave me the basics for one to be able to try to communicate. Thankfully my increasing interest in (pop) music at the time, as well as for the TV Sitcom Friends awakened in me a will to improve it. At the age of thirteen I took a leveling test at ICBEU and it was required of me to study the language for a year in order to be given the certificate.

4. I watched my beloved The Sound of Music for the first time back in October, 2008. My parents and I were shopping for my sister's birthday present when my father found the 40th Anniversary DVD Edition and insisted on buying it for me. I can't fathom how life would have turned out if I hadn't watched it then. For that, I am eternally grateful to my Dad.


5. The person responsible for awakening in me a passion for the seventh art is a dear friend of mine called Camila, owner of Divagações Kaufmanianas, whom I refer to as the Carol (Burnett) to my Julie (Andrews). My chum and soulmate.



6. I can sing, dance, act, draw, paint, photograph but I wouldn't count on my sports abilities if my life depended on it. I fail completely at it. The only thing I was reasonably good at was swimming. I trained it for less than six months. My coach wanted me to compete for the regionals, but I was forced to put a halt to it when I accidentally perforated my eardrum while I was sneezing.

7. My family and closest friends refer to me as Lolly or Loren.

And the nominees to the Kreativ Blogger Award are:

Congratulations, and once again, thank you for reading this blog.

A moça do sapatinho de cristal.

sábado, 6 de fevereiro de 2010
Quando cheguei em casa e finalmente pude pendurar a fotografia que ganhei de presente de Natal, e que hoje finalmente emoldurei, tinha como intuito o de somente dividir a alegria de poder olhar livremente para a figura da Cinderella, personificada em Julie Andrews, que na época estava com apenas vinte e dois anos, na parede do meu quarto. Depois, dando uma olhada em meus arquivos, achei que talvez valesse à pena comentar sobre o assunto, então acomodam-se em seus assentos e vamos lá.


(fonte: julieandrewsforum.com)

Produção original baseada no conto de fadas do mesmo título, "Cinderella" foi a primeira das três versões a serem televisionadas pela emissora CBS, com músicas produzidas por Richard Rodgers e letras e livro escritos por Oscar Hammerstein – a famosa dupla responsável por sucessos como Oklahoma! Carousel, The King and I,  South Pacific, The Sound of Music, entre outros.


(fonte: julieandrewsforum.com)

A história narra a trajetória de uma jovem moça cujo fado parece ser o de eterna servidão à sua madrasta e irmãs postiças, enquanto sonha com a possibilidade de uma vida melhor. É somente com a ajuda de sua fada-madrinha que Cinderella será capaz de transformar seu destino e encontrar o seu Príncipe.

(fonte: julieandrewsforum.com)

De acordo com o próprio Richard Rodgers em sua autobiografia, o que lhe atraiu para o projeto foi a possibilidade de trabalhar com a jovem Julie Andrews, que na época se tornara grande estrela da Broadway, com o musical My Fair Lady.

(fonte: arquivo pessoal)

Enquanto era a CBS quem detinha controle sobre os aspectos técnicos da exibição do especial, Rodgers e Hammerstein detinham os direitos autorais do show, bem como controle quanto à seleção do elenco, direção, cenário e figurino. Em 05 de Setembro de 1956, a emissora anunciou o início da produção, e em 21 de Fevereiro de 1957 começaram os ensaios.

(fonte: arquivo pessoal)

No dia 31 de Março do mesmo ano o especial foi ao ar às oito horas da noite, sendo exibido ao vivo e à cores aos Estados Unidos, Canadá, México, Cuba, Alaska, Hawaii e Porto Rico. Contava com uma equipe composta por Ralph Nelson, responsável pela direção; Jonathan Lucas, responsável pela coreografia; estrelando Julie Andrews, como Cinderella; Howard Lindsay, como o Rei; Dorothy Stickney, como a Rainha; Edith Adams no papel da fada-madrinha; Kaye Ballard e Alice Ghostley - que voltaria a trabalhar com a querida Julie cerca de quinze a vinte anos mais tarde no programa de variedades The Julie Andrews Hour – como as malvadas irmãs postiças Portia e Joy; Ilka Chase, a madrastra; John Cypher, o charmoso príncipe; e Iggie Wolfington.

(fonte: arquivo pessoal)

De acordo com relatos, 60% da população dos EUA – cerca de 107.000.000 de pessoas, para ser mais precisa - colaboraram para que a recepção do especial fosse vista como mais que extraordinária: como o maior índice de audiência daquela época.

(fonte: arquivo pessoal)

Hoje este singelo especial segue um tanto quanto esquecido na memória alheia. Mas não falha como mais uma marca indelével do talento de Richard Rodgers, Oscar Hammerstein e Julie Andrews, deixada para a posterioridade, para aqueles que ainda o tem em suas recordações e que consideram-o como raridade. Felizmente já podemos encontrá-lo disponível em DVD pelo Amazon.com, ou, graças aos avanços tecnológicos, disponível em sites para downloads pela internet.

(Aliás, foi assim que tive o prazer de assistir a esta jóia rara. E adoro especialmente In My Own Little Corner.)  

(fonte: julieandrewsforum.com)

Seguem abaixo alguns trechos que eu traduzi, retirados da autobiografia da Julie Andrews, “Home: A Memoir of my Early Years”, relacionados à Cinderella.

(fonte: julieandrewsforum.com)

"Em Março eu passei por uma experiência completamente diferente. Fui convidada a interpretar a protagonista de uma exibição de Cinderella,  por Rodgers e Hammerstein, ao vivo na emissora CBS, e me senti extremamente afortunada com isto, pois esta seria uma produção musical original criada para mim, e coincidiu exatamente com as duas semanas de férias que iria tirar de My Fair Lady. Um elenco maravilhoso fora reunido - o lendário casal Howard Lindsay e Dorothy Stickney iriam interpretar o Rei e a Rainha, respectivamente; Edie Adams, a fada-madrinha; as hilariantes Kaye Ballard e Alice Ghostley assumiriam os papéis das irmãs postiças; Ilka Chase seria a madrasta; e o novato John Cypher interpretaria o lindíssimo Príncipe.
O nosso diretor, Ralph Nelson, tinha uma reputação a se prezar, mas o seu conceito para Cinderella era  pouco ortodoxo. Ele esperava fazer com que a história parecesse o mais real possível, o que parecia ser improvável, visto que tratava-se de um conto de fadas que precisaria do auxílio de uma gama de efeitos especiais – desde a transformação da abóbora em carruagem à transformação de pobre garota em dama da sociedade, e assim por diante. Por estarmos indo ao ar ao vivo, talvez seus recursos estivessem sido limitados, dificultando tais efeitos de fotografia.
Quanto as canções, estas eram bem bonitas e amei 'In My Own Little Corner', assim como uma outra  chamada 'Impossible', que cantei junto com Edie Adams." 

(fonte: julieandrewsforum.com)


"Um certo dia eu estava assoviando nos bastidores do set de filmagem enquanto aguardava (quando fico nervosa eu costumo assoviar. Sou boa nisso e alguns diretores já utilizaram desse recurso uma vez ou outra... Eu assoviei em Mary Poppins, em My Fair Lady e Camelot), e por algum motivo o qual eu não me recordo, assoviei algumas notas de uma canção chamada “The Last Time I Saw Paris,” quando uma voz por trás de mim disse 'Sabe, eu estava sendo sincero quando escrevi esta música.' Ao me virar, fiquei cara-a-cara com Oscar Hammerstein. 'Puxa vida, Sr. Hammerstein,' eu balbuciei, 'Fico sem graça em admitir que eu não sabia que esta canção era sua.”
'Eu estava extremamente arrasado durante a época da guerra, em que Paris foi tomada pela Alemanha, e lembrando a cidade à maneira que eu a conhecia, não pude evitar em escrever a letra dessa canção', ele recordou.
Hoje me dou conta que naquela época eu andava com alguns gigantes, dentre eles Alan, Fritz, Moss, Rodgers e Hammerstein, Joe Papp... E hoje me pergunto o motivo pelo qual nunca me ocorreu em fazer-lhes mil perguntas que hoje surgem a cada vez que me lembro de algum deles.
Suponho, então, que na época eu estava muito ocupada tentando descobrir quem eu era."

(fonte: julieandrewsforum.com)

"Fazer um programa de televisão ao vivo era assustador. Apesar de estarmos atuando em um musical, a situação era diferente de trabalhar em teatro. Haviam câmeras que faziam uma espécie de dança em slowmotion ao nosso redor constantemente (e naquela época elas eram muito maiores); com pessoas tirando os cabos do meio do caminho, enquanto nós tentávamos ignorar o caos de uma equipe em ação e ao mesmo tempo tentávamos convencer aos telespectadores que não havia mais ninguém ali além de nós, os atores. Nesse aspecto Joe Papp foi imprescindível, pois ele coordenava o tráfego das câmeras, indicava quais seriam as deixas dos atores, em termos de onde deveríamos estar antes de entrarmos em cena, e qual câmera seria utilizada.
A parte mais difícil para mim foi a cena onde Cinderella aparece vestida em verdadeiros trapos, e no instante seguinte é vista usando um lindo vestido de festa. Visto que Ralph Nelson não poderia usar efeitos visuais, esta façanha foi alcançada através de uma câmera que começava filmando os meus pés, revelando os sapatinhos de cristal. Em seguida, enquanto uma pessoa tentava rapidamente colocar um novo aplique e prender a coroa na minha cabeça, e depois colocar uma capa nos meus ombros, a câmera subia lentamente, de maneira que quando a câmera chegasse ao meu rosto, a transformação estaria completa.
Era meio arriscado, especialmente ao vivo, mas haviam várias pessoas trabalhando comigo simultaneamente, e eu tentava ficar parada o maior tempo possível, para que pudesse acomodar a todos e, ao mesmo tempo, fazer com que isto funcionasse diante das câmeras, aparentando ser algo simples. Um dos ápices do programa é a cena onde Edie e eu fingíamos fazer o percurso até chegar à festa, cantando 'Impossible'.  Na verdade, a carruagem estava pela metade para que as câmeras pudessem caber ali dentro. Além disso, havia uma maquineta nos balançava para frente e para trás enquanto nós atuávamos."


(fonte: julieandrewsforum.com)

"O que colaborava para que algumas mudanças de vestimentas fossem realizadas eram os comerciais, mas uma vez que nós retornássemos, a situação voltava a ficar bastante caótica.
Dois dias antes de irmos ao ar, nós gravamos um álbum com vinte e oito músicas orquestradas para a Columbia Records, que estava programado para ser lançado no dia seguinte ao especial. Eu não tinha absolutamente nenhuma idéia de como esses álbuns podiam ser prensados e feitos tão rapidamente.
Durante a noite em que o especial foi televisionado, logo antes de entrarmos ao vivo, um “bom amigo” me disse: 'Você já se deu conta de que provavelmente  o número de pessoas que assistirão a esse programa em uma só noite será muito maior do que se você passasse quinze anos interpretando My Fair Lady nos palcos?' Não acho que esse era bem o tipo de incentivo que eu precisava naquele instante.
Mais tarde foi me contaram que de fato o número de telespectadores havia sido o maior da história da televisão, até então.
A noite progrediu consideravelmente tranqüila e nós fizemos o melhor que pudemos, mas eu me sentia um pouco insegura: tudo fora muito corrido e sem o refinamento que poderíamos ter tido se tivessimos filmado e editado para uma exibição posterior. Foi um trabalho árduo, mas que me permitiu adquirir grande conhecimento, e que me levou anos pra compreender a grandiosidade do que nós havíamos conseguido fazer naquela noite."


E por último, a foto que inspirou o texto de hoje. 

O cinema do entretenimento.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Sou uma grande procrastinadora. Esperei – não deliberadamente – Avatar atingir seu suposto recorde de maior bilheteria de todos os tempos pra poder assisti-lo. Bem, como dizem os sábios, antes tarde do que nunca. E prometo que este post vai ser rápido e indolor.



Se você vive em Marte (iria me referir à Pandora, mas achei piada pronta) e ainda não sabe a premissa do história (estarei parafraseando a sinopse do site Cinepop), no filme adentramos o mundo alienígena de Pandora, onde fora instalado uma estação para exploração do raro 'unobtanium', pelos seres humanos. Este mineral pode ser a solução para a crise energética da Terra. Como a atmosfera do planeta é tóxica, foi criado um programa onde homens têm sua consciência ligada a um corpo biológico, os avatares, controlado à distância capaz de sobreviver nesse ar letal. Os avatares são híbridos geneticamente produzidos de DNA humano e DNA dos nativos de Pandora, os Na’vi.
Jake Sully, ex-fuzileiro naval, é quem comandará a nossa viagem por este novo mundo. Renascido em sua forma avatar, Jake recebe a missão de se infiltrar entre os Na’vi, que se tornaram um obstáculo à extração do precioso minério. No desenrolar da história, Sully é acolhido pelo clã de Neytiri, e aprende a ser um deles depois de passar por vários testes e aventuras. O relacionamento de Jake com sua hesitante instrutora Neytiri se aprofunda, e ele passa a respeitar o jeito de viver dos Na’vi, e por fim passa a ocupar seu lugar no meio deles. 
Logo ele enfrentará a maior de suas provações, ao comandar um conflito épico que decidirá nada menos que o destino de um mundo inteiro.

A princípio foi um pouco dolorido ingerir algo que é tão carregado de clichês, e a história, apesar de definitivamente não ser medíocre, não passa de uma variação de arquétipos bem conhecidos. Não se surpreeenda, se por exemplo, o filme lhe lembrar Pocahontas em algumas ocasiões.  Avatar, entretanto, é, sem sombra de dúvidas, triunfo absoluto de efeitos visuais e de design. Se para atingir a qualidade inegável desse aspecto do filme o diretor James Cameron levou dez anos e 400 Milhões de dólares para construir, posso dizer que valeu a pena.

E o filme cumpre, em todos os aspectos, a sua missão e ofício de entretenimento. Ninguém pode se dar ao luxo de tirar o crédito de filmes que vêm exatamente com essa função: nos remover da nossa realidade e concomitantemente nos levar a outra, permitindo que essa viagem seja prazerosa.

Merece o Oscar de melhor filme? Eu realmente não sei, não cabe a mim julgar.
Merece ser consagrado a maior bilheteria de todos os tempos? Também não cabe a mim decidir.
Só posso recomendar aos leitores que dispam-se de pré-conceitos, assistam ao filme e tirem suas próprias conclusões.