Era uma vez...

terça-feira, 24 de novembro de 2009
Fujo do tópico de cinema mais uma vez só pra falar de Julie Andrews (que surpresa, hein? - NOT).

Aos grandes desinformados, esta linda soprano  cuja voz de quatro oitavas já alcançou notas musicais que somente cachorros podiam escutar - experimente escutá-la cantando Polonaise de Mignon aos 12 anos, ou Danúbio Azul, aos 15 - passou por um procedimento cirúrgico nas cordas vocais em 1997, e graças a incompetência dos profissionais, perdeu a flexibilidade das mesmas.

 A situação obviamente levou a um  "lindo" processo jurídico que terminou em acordo, com JA faturando aproximadamente 30 milhões de dólares. Fortunas e comentários aparte, nada seria consolo suficiente para quem tinha a voz como um dos seus principais instrumentos de trabalho.

Corta para 12 anos depois, em 2009.

Ao retornar de uma noite não tão feliz, e com o espírito mais que depressivo pra casa, encontro dentre as várias notícias pelo cyberspace, a de que Julie Andrews pretende retornar aos palcos em um concerto no ano de 2010.
Agora aguenta coração!

A boa-nova foi transmitida pelo site Times Online, que informa que o concerto deverá acontecer em 08 de Maio de 2010, na O2 Arena, em Londres.  Maurice Whitaker, o produtor do show, disse que haverão quatro a cinco solos os quais Julie deverá apresentar, além de duetos com outros cantores.

Existem obviamente alguns obstáculos a serem vencidos, o principal sendo as  suas limitações vocais, que são muitas. Mas quatro oitavas ou não, deve-se lembrar de que Julie Andrews é, acima de tudo, extremamente profissional. E como o próprio artigo diz, lendas do calão de Julie já são raras de se encontrar, e ela é uma das últimas de sua geração, então este será um evento que valerá a pena conferir.

Agora vou assistir Butterfield Eight (Disque Butterfield 08) com a maravilhosa Elizabeth Taylor  na vã tentativa de achar uma distração... Sei que começará uma longa temporada de meses agonizando sobre o assunto e desejando encarar uma realidade diferente da minha. Sorte daqueles que poderão viver pra contar histórias desse glorioso dia!

Vamos falar de cinema?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Para ser bem franca, já disse que sou um fracasso como cinéfila, não disse? E gosto de fingir que entendo de Oscar-buzz, mas no fundo não entendo nada. Oscar-buzz para mim equivale a uma prova de múltipla escolha: eu tenho que saber do assunto, pois se eu depender do "chute", serei um fracasso. De qualquer forma, segue abaixo a lista de filmes lançados em 2009/2010, dentro e fora dos padrões de “Oscar-Winning-movies”, os quais eu tenho maior interesse em assistir – sem ordem específica de preferência. (A lista, é claro, está sujeita a alterações posteriores).

 Julie & Julia – Direção: Nora Ephron


Com a data de lançamento no Brasil prevista para a próxima semana, dia 29 de Novembro, o filme intercala a vida de duas mulheres que, apesar de separadas pelo tempo e pelo espaço, estão ambas perdidas... até descobrirem que com a combinação certa de paixão, coragem e manteiga, tudo é possível.
Com Meryl Streep, Amy Adams, Stanley Tucci.




The Lovely Bones – Direção: Peter Jackson
(Trailer Oficial)
O filme, cuja temática gira em torno de uma jovem menina assassinada aos catorze anos de idade, e que assiste a vida de sua família, assim como a de seu assassino – de um plano superior, é uma adaptação do livro de mesmo título.
Na história, cabe a ela, Susie Salmon, decidir entre a sua própria sede de vingança e o verdadeiro desejo de ver sua família seguir em frente.

O elenco:  Saoirse Ronan no papel de Susie Salmon; Rachel Weisz, como Abigail Salmon; Mark Walhberg, como Jack Salmon; Susan Sarandon como Grandma Lynn; Stanley Tucci, como George Harvey.

Uma confissão: Este foi o meu primeiro livro lido na íntegra na língua inglesa. Eu tinha 14 anos e estava a cursar o último ano do ICBEU; e na época, sendo extrema admiradora de Courteney Cox, sonhava com a adaptação da história, onde a atriz interpretaria a personagem de Rachel Weisz.

It's Complicated – Direção: Nancy Meyers

Jane é uma mãe de três filhos que tem uma relação amigável com o seu ex-marido, Jake, após dez anos da separação. A convivência entre eles acaba se tornando um romance, sendo que Jake, no momento, está comprometido com uma moça. Agora, Jane vive um dilema, já que se tornou a amante de seu antigo marido.
Elenco: Zoe Kazan, Alec Baldwin, Steve Martin, Hunter Parrish, Meryl Streep, John Krasinski, Lake Bell 



A Single Man – Direção: Tom Ford
A história é centrada na vida de um professor inglês que após a morte de seu parceiro, tenta retomar o seu cotidiano em Los Angeles, estrelando Colin Firth, Julianne Moore e Ginnifer Goodwin.


The Last Station – Direção: Michael Hoffman
(Clip 01)
Nos turbulentos últimos anos de sua vida, Leo Tolstoi se vê dividido entre sua doutrina da pobreza e da castidade e a realidade de sua enorme riqueza, seus 13 filhos e uma vida de hedonismo. Ele decide sair de casa em uma viagem, mas seu estado de saúde precário o impede de seguir adiante, fazendo-o acreditar que está morrendo sozinho. Com Christopher plummer, James McAvoy, Helen Mirren, Paul Giamatti.


Chéri – Direção: Stephen Frear
(Trailer Oficial)
O filme conta a história da relação amorosa entre a cortesã aposentada Léa e Chéri, filho de sua antiga companheira de profissão e rival, Madame Peloux. Madame Peloux planeja secretamente um casamento entre Chéri e Edmée, filha de outra rica cortesã, Marie Laure. Enquanto o inevitável momento de separação se aproxima, Léa e Chéri tentam se acostumar com a idéia, mas a vida de prazer e alegria dos dois é mais profunda do que eles imaginavam.


Leap Year - Direção: Anand Tucker
Mulher ansiosa (Amy Adams) viaja para Dublin para pedir o namorado em casamento, no dia 29 de fevereiro de um ano bissexto. Segundo a tradição irlandesa, nesta data, o homem é obrigado a aceitar o pedido de casamento. Mas quando o tempo arruína sua viagem, ela precisa da ajuda de um grosseiro dono de hospedaria para iniciar uma inesperada travessia no país e fazer o pedido perfeito.


Nine – Direção: Rob Marshall
(Trailer Oficial)
Com roteiro escrito por Michael Tolkin e Anthony Minghella, inspirado no filme autobiográfico de Federico Fellini 8 ½, a narrativa é sobre um diretor de cinema, que é perseguido por todas as mulheres de sua vida, da amante à sua falecida mãe, enquanto tenta fazer um novo filme.
Elenco: Daniel Day-Lewis; Marion Cotillard; Judi Dench Nicole Kidman Kate Hudson; Penelope Cruz; Sophia Loren.


The Imaginarium of Doctor Parnassus - Direção: Terry Gilliam
O filme segue o líder de uma trupe de teatro itinerante que, tendo feito um pacto com o diabo, conduz o público através de um espelho mágico que explora suas imaginações. Christopher Plummer, Tom Waits e Heath Ledger participam do filme, embora a morte de Ledger, que havia filmado cerca de um terço de suas cenas à época, fez com que a produção fosse suspensa temporariamente. Para encarnar o personagem de Ledger foram escalados Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell, que dão vida a Tony à medida que ele viaja por um mundo de sonhos.


Shutter Island – Direção: Martin Scorsese
(Link Oficial)
Um terror psicológico, cujo enredo do filme gira em torno de uma assassina que foge e desaparece de um hospital psiquiátrico. A ilha de Shutter Island, onde se localiza o hospital, se torna o maior pesadelo dos agentes federais que investigam o caso.
Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Max von Sydow, Michelle Williams.


Alice in Wonderland – Direção: Tim Burton
(Trailer Oficial)
Ao seguir um coelho branco, uma garota chamada Alice cai em um buraco que a leva para o País das Maravilhas, um lugar povoado por seres mágicos e dominado pela Rainha de Copas.
Elenco: Johnny depp, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway, Christopher Lee, Alan Rickman, Michael Sheen, Stephen fry, Mia Wasikowska.

Crazy Heart - Direção: Scott Cooper
Decadente cantor de country alcoólatra vê a chance de retomar sua carreira e melhorar sua vida quando começa a se relacionar com uma repórter.
Elenco: Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal, Colin Farrell and Robert Duvall



E por fim, os guilty pleasures, que eu não deveria acrescentar, mas irei porque sou humana:

Fantastic Mr. Fox – Direção: Wes Anderson (Trailer Oficial)

Uma família de raposas é ameaçada por três fazendeiros que querem dar um fim nos animais, já que eles sempre roubam suas galinhas, patos e perus.
Elenco: Owen Wilson, Bill Murray, Michael Gambon, George Clooney, Meryl Streep, Jason Schwartzman 





Tooth Fairy – Direção: Michael Lembeck
O jogador de hockey Derek Thompson é chamado de Tooth Fairy (Fada do Dente) em função de sua habilidade de quebrar os dentes dos adversários. Quando o protagonista desencoraja uma jovem promessa, Derek é obrigado a trabalhar como uma verdadeira fada do dente durante uma semana, com direito a asas, varinha mágica e a saia. Durante a experiência, ele descobre os seus sonhos perdidos.
Elenco: Ashley Judd, Dwayne Johnson, Julie Andrews (!!!!!), Billy Crystal, Chase Ellison

*Sinopses tiradas do Cinema Em Cena.

Para mais sugestões, por favor deixem o nome do(s) filme(s) nos comentários.

It only takes a moment to be loved a whole life long.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Embora odeie confessar, sou terrívelmente romântica e não posso evitar. Meus avós viveram 60 anos juntos, então longevidade marital não é exatamente uma novidade para mim...

Hoje Julie Andrews e seu marido, diretor Blake Edwards, comemoram 40 anos de matrimônio. A novidade aqui, como eu já falei, não está na longevidade do matrimônio, mas na capacidade de ainda conseguir enxergar o amor (romântico), a adoração e comprometimento que um tem em relação ao outro até hoje.

Acredito que o lema de outro casal a quem eu admiro se aplica a eles: “A deal is a deal”. Isto que dizer que é necessário ter o esforço e pagar qualquer preço para que este negócio seja um duradouro e de bons frutos, afinal de contas, vida a dois não é só La vie em rose.

Então fica aqui minha homenagem ao casal:

"It's been lovely working with Blake. And, of course, I get to sleep with the boss." - Julie Andrews

I think that we have a greater understanding of each other and a lot more tolerance now. The secret is for both people to want the marriage to work and I think that's true with us. 

We are both getting better at communication and we were both married before and have learnt from the sense of sadness and sense of failure we had when those relationships broke up." - Julie Andrews

"It seemed dumb not to admit we were in love," Blake recalls. Julie,
newly divorced, was scared. "I kept telling him it wasn't going to work," she says. 



 
 "Julie has great compassion for people in trouble," he says, "but she won't let me cop out when I'm complaining about Hollywood. She just says, 'Bullshit, Blackie, all you have to do is make a hit.' - Blake Edwards


“I have a sense of humour, but at times I can get very uptight and arrogant. when I get like this, Julie just looks at my with those big eyes, that I see a little smile break out at the corner of her mouth, and what can I do but laugh? Then I see the funny side of the situation.” - Blake Edwards.

"Well, it all started one night when I went to a party [...] I hadn't met Julie yet, and at this party, there was a discussion about people who suddenly were catapulted into stardom and the reasons for it. When Julie's name was mentioned, I said something that leveled the whole room, and the next day, I got a call from Joan Crawford, who hadn't been at the party-and whom I'd never met-telling me it was the funniest line she'd ever heard. People had been conjecturing on and on about what made Julie successful, and at just the right moment, I said, "I can tell you exactly what it is. She has lilacs for pubic hair." After the laughter subsided, Stan Kamen, an agent with William Morris, said, "With your luck, you'll wind up marrying her." And with my luck, I did!" - Blake Edwards

"The beautiful English broad with the incomparable soprano, and promiscuous vocabulary, thanks you." - Blake Edwards se referindo a Julie durante o seu discurso de agradecimento pelo Oscar Honorário dado a ele em 2003

Como um band-aid.

Como um band-aid sendo rapidamente arrancado, minha semana caótica veio ao fim com a apresentação do seminário sobre o arquiteto Sérgio Bernardes que, sob uma visão mais abrangente da coisa, foi rápido, prático e (quase) indolor.

Às vezes até me iludo em acreditar que sou eficiente. Foi uma verdadeira maratona, mas consegui chegar relativamente cedo na faculdade com tudo pronto - embasamento teórico, folders, banner e slides - e o conteúdo fervilhando na massa cefálica.
 
Realidade seja dita - embora a nossa apresentação, minha e de minha amiga, pudesse ter sido melhor preparada pra que tudo saísse impecavelmente, estou aliviada de não ter mais preocupações nas próximas duas semanas, até começar a estudar para o provão final, dia 15 de Dezembro.

Depois disso, serão lindas e formosas férias, as quais podem apostar que dentro de um prazo de duas semanas, eu estarei reclamando.

 Agora vou atualizar a lista de filmes que tenho de assistir...  
Lugar no Coração (Places in the Heart, 1984) e Sabrina (Sabrina, 1954) hoje, no TCM.
Sábado tem Mandela (Mandela, 1987), no telecine Cult e Holocausto (Holocaust, 1978), no TCM.
Domingo tem Gente como a Gente (Ordinary People), no telecine Cult e Ao Mestre com Carinho (To Sir, With Love 1967), no TCM.

Um toque de realidade...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Quando a realidade bate na porta e toma o nosso tempo, é triste... A boa notícia é que logo, logo apareço com meus amores e vícios por aqui para dar o ar de minha graça.

Até breve, queridos.

Como empobrecer em 10 segundos.

sábado, 7 de novembro de 2009
Já comentei anteriormente que tenho um enorme problema em receber qualquer espécie de dinheiro, seja por alguma venda ou por algum ato de bondade dos meus pais?
Acho que sim.
Hoje foi um exemplo bem digno de quanta verdade há nessa história.

Estava super depressiva, frustrada em decorrência de algumas notas de prova da Faculdade que comecei a receber ontem e que continuarei recebendo nas próximas semanas, e pra finalizar, com problemas femininos. Enfim, fui ao shopping almoçar com a família, recebi dinheiro (hoje aconteceu um pouco dos dois casos - pagamento de venda e ato de bondade do pai) e passei pela Saraiva e Bemol.

Fiquei pobre rapidinho, porém feliz. Adquiri os seguintes DVDs:
Núpcias de Um Escândalo (The Philadelphia Story, 1942)
Clássica comédia romântica que serviu de fonte de inspiração para o musical ''Alta Sociedade''. Aqui, a história traz Katharine Hepburn como uma jovem rica recém-separada do marido (Cary Grant) e ávida por uma nova relação amorosa. A oportunidade aparece quando ela conhece um repórter (James Stewart) que está caidinho por ela. A história original, escrita por Philip Barry, foi antes encenada com grande sucesso na Broadway (estelada justamente por Hepburn). Indicado para seis categorias do Oscar, levou as estatuetas de melhor roteiro e ator (James Stewart).

Agoras Seremos Felizes
(Meet Me in St. Louis,  1944)
No início do século 20, a jovem Esther vive um dilema quando seu pai anuncia que a família está prestes a se mudar para Nova York. Mas a mudança pode fazer com que a jovem perca um esperado evento, a Feira Mundial de St. Louis, e ela fará de tudo para não deixar de participar da festa.

Guerra e Paz
(War and Peace, 1956)
Baseado no romance de Leon Tolstoy, trata-se de um drama sobre um conflito internacional que mistura aventura, intriga e um trágico romance no tumultuado cenário da invasão napoleônica da Rússia.

O ídolo de Cristal (Beloved Infidel,  1959)
O Ídolo de Cristal apresenta Gregory Peck, vencedor do Oscar, em uma brilhante interpretação do mundialmente famoso autor F. Scott Fitzgerald. Já no fim de sua vida e lutando contra o alcoolismo, Fitzgerald escreve roteiros para os estúdios de Hollywood como forma de obter dinheiro para pagar a clínica para doentes mentais onde estava internada sua esposa. Neste momento, entra em sua vida Sheilah Graham (Deborah Kerr), a famosa colunista social que vem a ser apoio e inspiração do trágico autor em sua luta para terminar aquela que seria sua última obra, O Último Magnata. Filme baseado nas memórias de Sheilah Graham. Co-estrelando Eddie Albert.

Alô Dolly
(Hello Dolly, 1969)
Dolly é uma jovem viúva e casamenteira profissional, que decide conquistar o avarento comerciante Horace Vandergeider. Mais de US$ 20 milhões foram gastos para produzir ''Alô, Dolly'', e é fácil ver e 'ouvir' cada centavo. A cuidadosa reprodução dos veículos, lojas, arranha-céus e da própria cidade (por volta de 1900), o magnífico cenário do Harmonia Gardens, o figurino colorido de Irene Sharaff, a direção musical envolvente de Jerry Herman.

O Nome da Rosa
(The Name Of The Rose, 1986)
Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery) é um monge franciscano que, junto ao noviço Adso von Melk (Christian Slater), dirige-se a um mosteiro para um conclave. Mas diversos assassinatos ocorrem sob circunstâncias misteriosas, desviando a atenção de todos. William inicia uma investigação bastante complicada, na qual os suspeitos vão desde os relogiosos até o próprio demônio. Tudo se complica quando Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega ao mosteiro preste a torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do diabo. Adaptação do best-seller homônimo de Umberto Eco.

Ligações Perigosas
, (Dangerous Liaisons, 1988)
No século 18, em meio a decadência da aristocracia francesa e às vésperas da Revolução, a Marquesa de Merteuil chama o Visconde de Valmont para um plano. Ela quer que ele seduza a bela e ingênua Madame Tourvel a fim de se vingar de seu ex-amante. A mesma história ganhou nova adaptação em ''Valmont'', de Milos Forman.

*Sinopses tiradas do site E-Pipoca.

E como eu não sou egoísta e gosto de fazer outras pessoas felizes, comprei um livro pra minha mãe, um cd pra minha irmã e um DVD pro namorado dela, meu "cunhadinho".

Então está aí outra temática para um dos meus próximos bestsellers: Guia de Como Empobrecer em 10 segundos, por Lorena F. Pimentel.

I go to the hills when...

terça-feira, 3 de novembro de 2009
Cada vez que eu vejo a bela e elaborada cena, que traduz fielmente a beleza das montanhas, e que revela entre elas uma Maria que corre de braços e coração abertos, cantando a linda melodia de Rodgers and Hammerstein, preenchendo meu espírito com um caleidoscópio de sentimentos - alegria, serenidade, tristeza, solidão - eu choro.

As montanhas são o refúgio de Maria. 


Entendo-a perfeitamente a cada vez que ela canta I go to the hills when my heart is lonely, I know I Will hear what I heard before, my heart Will be blessed with the sound of music, and I Will sing once more.

Particularmente, este blog, de uma forma ou de outra, é um dos meus refúgios.

E você, tem o seu?

She's supercalifragilisticexpialidocious!

domingo, 1 de novembro de 2009
Após mais de oito horas consecutivas em frente ao computador, manipulando plantas e mais plantas no Autocad, venho homenagear uma das minhas personagens favoritas do cinema (e o motivo principal pelo qual eu me tornei fã de Julie Andrews): Mary Poppins!

O filme é uma adaptação do primeiro de oito contos sobre uma babá mágica inglesa cuja missão é cuidar das crianças da família Banks, publicado em 1934 pela  não muito simpática P. L. Travers.

Walt Disney, o homem que conseguia tirar leite de pedra, adquiriu uma mini-obsessão por Mary Poppins, e travou uma "pequena" batalha, que se iniciou em 1938, na tentativa de conseguir os direitos para começar a desenvolver o projeto de adaptação.

Em 1961, Pamela Travers, que até então dizia-se terminantemente contra a adaptação cinematográfica hollywoodiana, cede os direitos a Walt Disney, sob condições de acesso ao desenvolvimento do roteiro do filme.

Com o contrato dos irmãos Sherman  para compor  músicas que seriam consagradas por gerações e gerações, W.D. parte para a cidade de New York em busca de sua atriz principal, Julie Andrews, que na época dividia os palcos da Broadway com os deliciosos Richard Burton e Robert Goulet, na espétaculo "Camelot".

Ao receber o convite, Julie diz ao Sr. Disney que está grávida de sua filha com Tony Walton, Emma, e ele, por sua vez, diz que a produção pode aguardar.

As filmagens de Mary Poppins finalmente começaram em 1963, na Califórnia, dentro dos estúdios Burbank. O filme, recheado de tecnologias pioneiras, e que estreiou em 1964, foi a última grande obra-prima cinematográfica de Walt Disney, que veio a falecer no ano de 1966.

Mary Poppins foi indicado à treze Oscars em 1965, levando para casa cinco deles, incluindo o de melhor atriz para Julie Andrews, que dedicou sua estatueta à Jack Warner, por ter se negado a contratá-la para a produção cinematográfica de My Fair Lady, resultando em sua subsequente aceitação em trabalhar com Walt Disney.

Apesar de ávida fã das produções dos estúdios Disney enquanto criança, preciso confessar que não assisti ao filme quando pequena; só tive a feliz oportunidade neste ano (2009) por intermédio de uma amiga.
Me apaixonei. Suspeito que talvez não teria apreciado tanto se tivesse assistido enquanto criança, mas certamente cuidarei para que os futuros filhos pródigos não percam a chance de apreciar este maravilhoso musical.



A personagem de Mary Poppins é completamente multifacetada, indo muito além da camada superficial que acredita-se ser praticamente perfeita em todos os sentidos.
É alguém que caminha em uma linha tênue entre a simpatia e uma so-called severidade, mas que na verdade utiliza deste instrumento para estabelecer a proximidade de seu relacionamento com as demais personagens.
Sem falar no envolvimento mais que platônico entre a mesma e seu amigo Bert (Dick van Dyke), insinuado na sequência de It's a Jolly Holiday, à extremo contragosto de dona Pamela Travers, e que eu particularmente adoro e sinto por não ter sido explorado.


Comentários a parte, só há algo a ser unanimamente dito: she's supercalifragilisticexpialidocious!
Parabéns, Mary Poppins! 

Curiosidades:
  • Antes da imagem de Poppins ser retrabalhada, para que esta parecesse mais acessível e simpática diante das câmeras em comparação ao seu comportamento nos livros, foram consideradas Bette Davis, Tuesday Weld e Angela Landsbury para viver a personagem da babá; 
  • Fred Astaire e Cary Grant foram considerados para o papel de Bert;
  • A composição do livro de músicas do filme durou cerca de dois anos;
  • Esta foi a produção da época mais cara dos estúdios Disney;
  • Tony Walton, primeiro marido de Julie Andrews, foi contratado por Walt Disney como costume designer e set designer do filme;
  • Pamela Travers disse que o nariz de Julie Andrews era perfeito para Mary Poppins;
  • Walt Disney não comparecia à estréia de filmes dos estúdios Disney desde o lançamento de Branca de Neve e os Sete Anões;
  • O Diretor Robert Wise decidiu contratar Julie Andrews para protagonizar The Sound of Music durante uma visita ao set de MP;
  • Julie Andrews ofereceu colaboração extra ao filme, fornecendo os assovios dos passarinhos durante a canção A Spoonful of Sugar, e a voz do coro que acompanha Mary Poppins durante a canção Supercalifragilisticexpialidocious;
  • Da mesma forma, Dick Van Dyke ofereceu sua colaboração extra para ser Mr. Dayes, dono do Fiduciary Bank. E embora o papel de Bert tenha sido oferecido a ele por Walt Disney, Dick foi obrigado a fazer teste para o papel de Mr. Dayes;