Grupo de Blogs de Cinema Clássico

quinta-feira, 28 de abril de 2011
Adora falar sobre cinema clássico e assuntos relacionados ao mesmo? Então venha fazer parte do Grupo de Blogs de Cinema Clássico, idealizado pela Carla Marinho, cujo intuito é reunir blogueiros que partilhem deste mesmo interesse.

Interessou? Você será bem vindo! Mas antes, aqui estão alguns critérios a ser atendidos para que isto seja possível:
1. Não contenha material obsceno ou pornográfico.
2. Não plageie blogs alheios. Caso utilize material de outro, a fonte deverá obrigatoriamente ser citada.
3. Seja dedicado ao cinema clássico, contendo material sobre filmes, críticas, atores e atrizes e fotos.
4. Seja atualizado pelo menos uma vez ao mês.


Entre em contato para se afiliar pelo email carlamarinho@cinemaclassico.com ou acessando o blogsdecinemaclassicos.blogspot.com

Judy Garland e a melhor noite da história do show business.

sábado, 23 de abril de 2011





"I'll sing 'em all and we'll stay all night!" 

Entre as décadas de 50 e 60, Judy havia passado um longo período em convalescência devido a sua imersão em bebidas, drogas e uma crise de hepatite que supostamente havia condenado sua carreira como cantora; mas ao se recuperar, retornou aos palcos com uma apresentação chamada “Just Judy.” Sem vestígios de suas apresentações de vaudeville, Judy subiria aos palcos noite após noite em companhia de sua banda, para cimentar a sua mais que merecida fama de Melhor Entertainer do Universo.

"Do you really want more? Aren't you tired?" 

O ponto de encontro para esta noite mais que especial foi o espetacular Carnegie Hall, em Nova Iorque, em uma noite de Domingo, dia 23 de Abril de 1961. Lá, Judy embarcou em uma jornada, cantando alguns de seus sucessos como That Man That Got Away, A Foggy Day, Come Rain or Come Shine, Stormy Weather, Swanee e Over the Rainbow, acompanhada por uma platéia de mais de 3.000 pessoas em verdadeiro frenesi, que constantemente gritavam pedidos de ‘encore’.

Para alegria dos fãs e admiradores – de ontem e de hoje – e graças ao bom senso da Capitol, que decidiu gravar o show, esta noite culminou no álbum Judy at Carnegie Hall – que lhe garantiu quatro Grammys, e que permanece até os dias de hoje como o seu disco mais vendido (e que, a propósito, nunca saiu de catálogo).

Se você ainda não tem, procure-o; e se você já o possui, tire um instante para remover a poeira do seu álbum, sente quietamente em um canto, e então espere para ter o prazer de ser teletransportado para aquela memorável noite de 50 anos atrás. Enquanto o mérito à Judy é certo e de direito, o presente é nosso.

Tony and I managed to obtain seats for the legendary Judy Garland concert in April at Carnegie Hall. She was everything we could have imagined - and more. A lot of her orchestrations were by the great Nelson Riddle, and when she finished his arrangement of “Come Rain or Come Shine”, I rose up out of my seat to applaud, as did everyone else in the audience. At the end of the evening, she sat on the edge of the stage and quietly sang “Over the Rainbow.” It was a historic night.
Julie Andrews — Home: A Memoir of My Early Years, page 297/298.

Abaixo segue a tracklist completa do show:

1. Overture: "The Trolley Song"/"Over the Rainbow"/"The Man That Got Away" (Ralph Blane, Hugh Martin)/(Harold Arlen, Yip Harburg)/(Arlen, Ira Gershwin)
2. "When You're Smiling (The Whole World Smiles With You)" (Mark Fisher, Joe Goodwin, Larry Shay)
3. "Almost Like Being in Love"/"This Can't Be Love" (Medley) (Alan Jay Lerner, Frederick Loewe)/(Richard Rodgers, Lorenz Hart)
4. "Do It Again" (George Gershwin, Buddy DeSylva)
5. "You Go to My Head" (J. Fred Coots, Haven Gillespie)
6. "Alone Together" (Howard Dietz, Arthur Schwartz)
7. "Who Cares (As Long As You Care For Me)" (G. Gershwin, I. Gershwin)
8. "Puttin' On the Ritz" (Irving Berlin)
9. "How Long Has This Been Going On?" (G. Gershwin, I. Gershwin)
10. "Just You, Just Me" (Jesse Greer, Raymond Klages)
11. "The Man That Got Away" (Arlen, I. Gershwin)
12. "San Francisco" (Walter Jurmann, Gus Kahn, Bronislaw Kaper)
13. "That's Entertainment!" (Dietz, Schwartz)
14. "I Can't Give You Anything But Love" (Dorothy Fields, Jimmy McHugh) 
15. "Come Rain or Come Shine" (Arlen, Johnny Mercer)
16. "You're Nearer" (Rodgers, Hart) 
17. "A Foggy Day" (G. Gershwin, I. Gershwin)
18. "If Love Were All" (Noel Coward)
19. "Zing! Went the Strings of My Heart" - (J. F. Hanely)
20. "Stormy Weather" (Arlen, Ted Koehler)
21. "You Made Me Love You"/"For Me & My Gal"/"The Trolley Song" (Medley) (Joseph McCarthy, James V. Monaco, Roger Edens)/(Douglas Furber, L. Arthur Rose)
22. "Rock-A-Bye Your Baby with a Dixie Melody" (Sam M. Lewis, Fred Schwartz, Joe Young)
23. "Over the Rainbow" (Arlen, Harburg) 
24. "Swanee" (Irving Caesar, G. Gershwin)
25. "After You've Gone" (Henry Creamer, Turner Layton)
26. "Chicago" (Fred Fisher)



Sensibilidade em O Retrato de Jennie.

domingo, 17 de abril de 2011


"There is no life, my darling, until you love and have been loved. And then there is no death.(Jennie Appleton) 
Produzido por David Selznick, o nome por trás do lendário clássico E O Vento Levou, e dirigido pelo alemão William Dieterle, com base no livro homônimo escrito por Robert Nathan (com tradução de Érico Veríssimo no Brasil), O Retrato de Jennie é uma projeção sensível de romance e mistério, cuja trama centraliza-se em uma comovente e transcendental história de amor capaz de superar o tempo e o espaço entre o fracassado pintor Eben Adams e a sua grande musa Jennie Appleton.


Prologue: Since time began man has looked into the awesome reaches of infinity and asked the eternal question: What is time? What is life? What is space? What is death? Through a hundred civilizations, philosophers and scientists have come together with answers, but the bewilderment remains... Science tells us that nothing ever dies but only changes, that time itself does not pass but curves around us, and that the past and the future are together at our side for ever. Out of the shadows of knowledge, and out of a painting that hung on a museum wall, comes our story, the truth of which lies not on our screen but in your hearts.
Prólogo do filme: Desde o início dos tempos, ao observar o impressionante alcance do infinito, o Homem tem se perguntado a eterna questão: O que é tempo? O que é a vida? O que é o espaço? O que é a morte? Através de centenas de civilizações, filósofos e cientistas se reúnem em busca da resposta, mas a confusão permanece... A ciência explica que nada se perde e tudo se transforma; Que o tempo não passa por nós, mas nos rodeia; e que o passado e o futuro caminham juntos conosco por todo o sempre. Nossa história está fora das sombras do conhecimento e fora de um quadro pendurado na parede de um Museu, cuja verdade não reside em nossas telas, e sim em nossos corações.
O conjunto técnico ainda recebe o toque do último trabalho fotográfico de Joseph H. August, que não apenas recebeu da Academia uma indicação de Melhor Cinematografia em Preto-e-Branco em 1949 pelo filme, após o seu falecimento em 1947, assim como foi o vencedor da categoria; Assim como contém ótimas atuações de Jennifer Jones (A Canção de Bernadete e Suplício de uma Saudade), Joseph Cotten (Cidadão Kane) e Ethel Barrymore, transformando este fracasso de bilheteria e relativamente desconhecido título em uma obra-prima inesquecível.
*O filme já está disponivel em DVD.

Engraçado como o tempo, de fato, transforma a natureza das coisas. 

Prêmio Blogueiro Amigo.

É com satisfação que eu anuncio a condecoração do Burburinho através de mais um selo: o de Blogueiro Amigo. Este símbolo de carinho e gentileza foi dado pela Letícia, do ótimo Crítica Retrô.
Obrigada, Lê!