Que tempo bom que não volta nunca mais.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Assistindo aos telejornais e acompanhando as notícias e catástrofes do dia-a-dia, percebo como a inclusão tecnológica nos leva a certa banalização da imagem. Vivemos em uma época onde estamos prontos e equipados, faça sol ou chuva, para a qualquer momento dispararmos celulares e câmeras fotográficas para registrarem em foto e vídeo tudo o que está se passando no mundo, de bom ou ruim, relevante ou não.

Em contrapartida, penso em pedaços de história que exatamente por esta falta de recursos, se perdem na nossa memória, como lembranças do passado empoeiradas no fundo de um baú velho, enquanto nossa história presente é abarrotada de imagens desnecessárias.

Saudades de um tempo ao qual eu não pertenci me reduzem a isto.

And the Golden Globe goes to...

domingo, 17 de janeiro de 2010
Chegou a época de premiações, viva!

Um dos motivos pelos quais eu adoro acompanhar premiações ligadas à TV e cinema é que, além de ver artistas a quem eu admiro tremendamente, reunidos em um mesmo espaço, posso ver suas reações - das mais engraçadas, emocionantes ou chocantes. É puro entretenimento.

Eu, particularmente, adoro o Golden Globes, que sentimentalismos à parte, a edição de 2010 obteve um bom resultado no aspecto geral. Se foi justa ou não, prefiro não entrar no mérito. E por incrível que pareça, meus palpites quanto à maioria dos ganhadores estavam corretos. Realmente a prática leva à perfeição (não que tenha a atingido, mas melhorei consideravelmente).

E como eu disse, é um prazer... Vi pessoas que eu respeito ganhando merecidamente após anos de subvalorização, pessoas por quem eu tenho maior apreço se emocionando e elegantemente traduzindo a nós, aficionados pela sétima arte, o verdadeiro sentimento de fazer cinema; mas também vi pessoas que francamente podiam desaparecer das telinhas e telonas. Paciência, premiações tendem a ser assim.

Mas se o resultado do Golden Globes for alguma indicação de como a situação se comportará no Oscar, eu terei muito que celebrar na noite da Academia. E agora encerrarei a madrugada com bastante sono. Amanhã retornarei para acrescentar a lista de ganhadores à entry.

E comentários à parte: Outras duas senhoras - além da Julie Andrews, é claro - que eu quero ter a alegria e prazer de envelhecer com pelo menos metade do talento e graciosidade, são Meryl Streep e Helen Mirren. Lindas.

Top 5 por 5: Cinco Cenas preferidas pra Cantar/Dançar junto.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Pelas minhas escolhas, acho que dá pra perceber os motivos pelos quais eu não me chamo de cinéfila. Ao invés de ser um tanto quanto politicamente correta e eleger o que alguns chamariam de grandes obras primas, eu escolhi (neste caso) os filmes que me deixam mais feliz quando os assisto.

Nossa, teria sido incrivelmente fácil escolher somente os filmes  que fazem parte da filmografia da Julie Andrews, fácil até demais, visto que ela é, na minha concepção, a rainha dos musicais. E eu realmente adoro todos os musicais que ela fez, de Mary Poppins à Victor/ Victoria, mas seria injusto, afinal existem outros musicais que eu gosto e merecem reconhecimento. Decidi, então, que isso será material para uma postagem futura.

Por enquanto aqui estão os eleitos às Cinco Cenas preferidas pra Cantar/Dançar junto.
O primeiro lugar foi um empate entre os meus dois filmes preferidos. É óbvio que eu não conseguiria deixá-los de fora e muito menos conseguiria escolher um dos dois pra ficar como único merecedor do primeiro lugar.

1. A Noviça Rebelde; Do-Re-Mi
“Let’s start at the very beginning, a very good place to start!”


O filme inteiro é um grande "feel-good". Até mesmo quando os nazistas aparecem ou quando a Liesl insiste em falar do Rolfe. Já repeti isso inúmeras vezes aqui no blog, mas é fato, A Noviça Rebelde é uma das melhores coisas já inventadas. Definitivamente one of my favorite things.

E, fala sério, existe algo mais sacarino e divertido que uma governanta mais sete crianças cantando e correndo por Salzburg? Não conheço alguém que consiga resistir à Do-Re-Mi. Até minha mãe, que é relutante em admitir que gosta do filme - e eu tenho parcela de culpa nisto, porque forço a barra - cantarola e assovia do-re-mi pela casa nas horas mais inusitadas quando ela acha que eu não estou ouvindo.

1. Mary Poppins; Supercalifragilisticexpialidocious
“You better use it carefully or it could change your life!”


Desde a primeira vez que assisti Mary Poppins, não sei qual elemento do filme me seduz. Este foi, afinal de contas, o filme que desencadeou minha admiração pela Julie Andrews. Há alguma coisa em sua atenção que hipnotiza. Às vezes agradeço a falta de incentivo por parte dos meus pais de ter assistido a esse filme quando eu era pequena, pois tenho certeza absoluta que seria incapaz de captar certas nuances do filme hoje.

E então temos Supercalifragilisticexpialidocious. Adoro como a letra dos Sherman brothers gruda na cabeça feito um verdadeiro chiclete. Independente em qual situação você se encontra, é só pensar na palavra e pronto, as coisas melhoram! É quase um feitiço. E como todo bom feitiço, essa cena não poderia ficar de fora.

2. Mamma Mia; Dancing Queen
“You can dance, you can jive, having the time of your life!”
 

Aos que não puderam assistir a este filme, ou que assistiram e não gostaram, boohoo! Dos musicais da última década, que a propósito foram pouquíssimos, esse é possivelmente o meu preferido. Foi uma felicidade imensa ter Meryl Streep no elenco e uma maravilhosa surpresa. Todas as vezes que assisti ao filme nas salas de cinema (quatro vezes, pra ser exata), eu sai renovada, cantando e pedindo bis.  E assim que o DVD saiu eu corri e garanti minha cópia.

Parte da imprensa não foi gentil com o filme, tampouco alguns críticos de cinema que acharam mal gosto da grande Meryl de ter coragem de atuar no filme. Entretanto, o que vale é a recepção do público, no final de contas, não é? E foi massiva. Um belo "cala-a-boca" às más línguas.

Nos últimos quinze a vinte anos, talvez até mais, as produções musicais se tornaram raras em Hollywood, e de fato poucas valiam/valem à pena ser investidas. Espero que Mamma Mia! tenha vindo pra modificar esse cenário. A Academia certamente soube celebrar esse fato na cerimônia do ano passado, que foi uma grande surpresa. Cheia de boas modificações e Hugh Jackman como um ótimo host. Agora é pagar pra ver.

3. Meet me in st. Louis; The Trolley Song
“Clang clang clang went the trolley. Ding ding ding went the bell. Zing, zing, zing went my heartstrings as we started for Huntington Dell.”


Gente, é The Trolley song! Outra felicidade: uma Judy Garland apaixonada cantando em um bondinho. Acho que não preciso falar muito, preciso?

4. Hairspray; You Can't Stop the Beat
“Cause the world keeps spinnin' Round and round and my heart's keeping time to the speed of sound I was lost til I heard the drums Then I found my way, you can’t stop the beat”


Outro musical contemporâneo um tanto quanto mal recebido. Paciência para aqueles que não toleraram John Travolta em uma fat-suit interpretando uma mulher obesa, encarando as mudanças que viriam com os anos 60. Adoro! Os efeitos de Hairspray foram bastante similares ao de Mamma Mia, apesar de só ter assistido uma vez nos cinemas.

5. Hello Dolly; Put On Your Sunday Clothes
"Put on your Sunday clothes when you feel down and out, strut down the street and have your picture took dressed like a dream your spirits seem to turn about, that Sunday shine is a certain sign that you feel as fine as you look!"


Adoro essa sequência de Alô Dolly, e adoro mais ainda a reprise no final. Quem não gostaria de fazer parte desse mundo onde todos dançam e cantam juntos, deixando seus problemas e preocupações para trás? Alô Dolly foi filmado em 1969, época onde os musicais estavam entrando em uma espécie de extinção. Dirigido por Gene Kelly, estrelando Barbra Streisand e Walter Matthau, o filme foi indicado a sete academy Awards, incluindo o de Best Musical adaptation.


Menção Honrosa: Cantando na Chuva; Singin' in the Rain
"I'm singing in the rain Just singin' in the rain What a glorious feeling I'm happy again I'm laughing at clouds So dark up above The sun's in my heart And I'm ready for love"


Vamos lá, vocês realmente acham que não mencionaria esse filme? Talvez Cantando na Chuva seja mesmo um filme supervalorizado, eu não estou aqui pra entrar no mérito e julgar. Mas quem nunca teve vontade de sair cantando "Singin' in the rain" debaixo de chuva, que atire a primeira pedra. Até mesmo quando eu era mais nova e não tinha tanto apreço pela sétima arte, eu sabia dessa referência lendária.

E deixando os detalhes técnicos da produção de lado, é praticamente impossível não curtir o querido Gene Kelly cantando e sapateando na maior felicidade.

~~*~~

Amanhã seguirei com a última postagem da "meme." Ficaria feliz se deixassem sugestões para futuras postagens.

Top 5 por 5: Cinco Beijos Cinematográficos de Tirar o Fôlego

Apesar da última postagem ter se mostrado pouco popular, tive força na peruca e aqui está a terceira temática da "Meme." Enjoy it com moderação!


Cinco Beijos Cinematográficos de Tirar o Fôlego

1. Lili - Minha Adorável Espiã; William & Lili



Para aqueles que não estão familiarizados com a sinopse do filme, a história que se passa durante a Primeira Guerra Mundial, tem Julie Andrews como Lili Schmidt, uma  famosa cantora popular contratada como espiã Alemã, cujo trabalho é se envolver com o Major William Larrabee (Rock Hudson), em busca de informações sobre possíveis combates aéreos.

Esse envolvimento cria situações bastante engraçadas, e Lili é uma personagem bastante sexy. Existem inúmeras cenas de beijo no decorrer do filme, mas gostaria de acreditar que a cena que escolhi se sobressai.

O que precede a cena:
O casal retorna de um fim-de-semana infeliz no interior da França em meio de uma grande discussão. Enquanto Lili parece disposta a levar o relacionamento a outro nível (leia-se dormirem juntos), seus métodos para reter as informações necessárias parecem demonstrar exatamente o contrário. Lili se irrita e obriga Larrabee a levá-la de volta a sua casa debaixo da chuva.

Pra não entrar em mais detalhes, vou colocar dessa forma: ela chega em casa, vai tomar banho e ele entra no banheiro atrás dela. Depois de várias acusações, Larrabee agarra Lili pelos braços, eles se beijam e fazem as pazes. E que pazes, hein? Se toda discussão terminasse assim, sairia criando caso o tempo todo com quem valesse à pena!  Toda vez que assisto a essa cena fico pra morrer de inveja. Apesar da homosexualidade de Rock Hudson, ele era de um charme sensacional.

Ai ai, ser Julie por um dia...

2. Gata em Teto de Zinco Quente; Maggie & Brick


Escolhi essa cena em grande parte devido ao sexy appeal que jorrava dos poros de Paul Newman e Elizabeth Taylor. Maggie The Cat passa praticamente o filme inteiro tentando esclarecer um mal entendido, para provar ao marido Brick que ela o ama.

No final, quando ele ordena que ela tranque a porta, o olhar do Paul é de fazer qualquer uma estremecer de antecipação, e a feliz Liz Taylor parece mais do que pronta pra curtir.

O filme termina quando a private party deles começa. Triste!

3. Bonequinha de Luxo; Holly &"Fred"


O romanticismo de Bonequinha de Luxo consegue me fazer esquecer que a história é originalmente sobre uma prostituta. Tudo bem, Audrey Hepburn deu uma bela disfarçada, mas os fatos são os fatos, e um deles é que Holly Golightly é uma prostituta.

Enfim... Ao chegar no final do filme, eu mal consigo me conter com a vontade de dar uma balançada em Holly para que ela pare de tentar ser indiferente em relação ao que esta acontecendo em sua vida, inclusive aos sentimentos de "Fred".

O beijo é debaixo da chuva, com Moon River instrumental tocando ao fundo é irresistível, né? Mas tenho certeza que poderíamos ter sobrevivido sem o gato ensopado entre os dois.

4. Ídolo de Cristal; Sheilah & F. Scott Fitzgerald


Aqui o que contribuiu para a escolha não foi somente o beijo, mas o diálogo que antecede, assim como a fotografia maravilhosa. F. Scott Fitzgerald (Gregory Peck) se demonstra interessado em saber sobre o passado de sua amante Sheilah(Deborah Kerr), o que é motivo de grande agitação para ela. Ele pede desculpas pela intromissão e ela questiona esse interesse. Scott se diz estar apaixonado, logo, quer saber tudo sobre ela. Segue o diálogo:

Sheilah: [sobbing] I cannot… I cannot go on lying to you. Not anymore. I was brought up in an orphanage. I was born in a slum. When I was 17 I went to work as a kitchen maid. It’s all made up. The beautiful, rich mother, Sir Richard in his pink coat, even the pictures, they’re all fake. Even my name. It isn’t Scotch, it isn’t German. It’s just common. Lily Shiel. That’s my name – Lily Shiel.
Fitzgerald: Sheil-o… Sheil-o, why on earth…? What difference does it…?
Sheilah: Because I didn’t want to be drab. Because I was afraid.
Fitzgerald: Sheil-o, that’s enough. That’s enough. Lots of people don’t like their lives, so they make up better lives. That’s all you did. And all of it, every bit of it, everything that you were and everything that you are makes you that much dearer to me.
Sheilah: Oh, but Scott, I couldn’t go through life being Lily Shiel. You asked me if I wore pigtails. Pigtails! Our heads were shorn! They were shorn to the bone. Oh, and I was so ugly and I didn’t want to be. I wanted to be beautiful and clever..
Fitzgerald: You are.
Sheilah: I wanted to be accepted and to be loved and to be safe.
Fitzgerald: You are, Sheil-o. All those things you are. I wish I’d known you then. I would have taken care of you. You could have come to me.
Sheilah: Yes, where were you then? There was no one to tell me right from wrong. No one!
Fitzgerald: Stop crying, Sheil-o. I love you very much. I love you as you are, as you are.
[He kisses her all over her face and lips]

5. Não Podes Comprar o Meu Amor; Charlie & Emily


Chegando ao quinto lugar, eu decidi dar adeus à idéia de ser diversificada, cedendo aos poderes de Julie e seus deliciosos protagonistas. Aliás, não tive muita escolha. Realmente adoro The Americanization of Emily, é um dos meus filmes preferidos, e não consigo resistir à parceria de Julie/James Garner. A química deles é excelente!

Sempre fico ansiosa em vê-lo abrir a porta do seu quarto e encontrar Emily sentada em sua cama esperando por ele. Eles trocam beijos deliciosos e mal consigo me conter quando ela o manda calar a boca para que ela possa beijá-lo.

Lá se foi o conceito de bossal, Miss Barham…

Top 5 por 5: Cinco Momentos Comoventes em um Romance

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Gostaria de pensar que eu sou um ser-humano sensível, e não somente uma grande chorona. Mas o fato é que eu realmente adoro um filme que me faça chorar... Nesse caso, a teoria de que menos é mais não se aplica. Quanto mais melhor. A sensação é de quase um exorcismo. Depois disso não sobra muito que se possa sentir, é como ficar com a alma momentaneamente dormente.

Contudo, vocês hão de admitir que escolher momentos comoventes em filmes é uma tarefa árdua. A temática se torna demasiadamente abrangente. E é pensando exatamente nisso que estipulei à continuação da "meme" uma temática dentro da temática:

Cinco Momentos Comoventes (ou "chorantes") em filmes do gênero Romance:
Devo alertá-los de que existem possíveis spoilers àqueles que ainda não tiveram a chance de assistir aos filmes escolhidos.


1. Diário De Uma Paixão; Noah & Allie.


Não consegui lembrar de nada mais triste do que dois idosos, James Garner e Gena Rowlands, se re-encontrando pela última vez, antes de decidirem que não podem mais viver separados, falecendo juntos durante à noite... A memória que eu tenho da primeira vez que assisti a este filme é de ter chorado de tal maneira, que ao término meu rosto encontrava-se desfigurado.

Noah: Hi
Allie: Noah. Noah. [he kisses her hand]
Noah: Hi Sweetheart. I’m sorry I haven’t been able to be here to read to you.
Allie: I didn’t know what to do. I was afraid you were never coming back.
Noah: I’ll always come back.
Allie: What’s gonna happen when I can’t remember anything anymore? What will you do?
Noah: I’ll be here. I’ll never leave you.
Allie: I Need to ask you something.
Noah: What is it, sweetheart?
Allie: Do you think that our love can create miracles?
Noah: Yes, I do. That’s what brings you back to me each time.
Allie: Do you think our love could take us away together?
Noah: I think our love can do anything we want it to.
[She smiles tenderly. He reaches over and they kiss]
Allie: I love you.
Noah: I love you, Allie.
[He lies down on the bed with her and holds her hand.]
Allie: Goodnight.
Noah: Goodnight. I’ll be seeing ya.

2. As Pontes de Madison; Francesca & Robert Kincaid.


Existem duas cenas específicas nesse filme, uma logo após a outra, que são de partir o coração. Eu escolhi uma que é basicamente construída só de descrições, e o que resta de diálogo é parte da narração do filme, feita pela própria Francesca, personagem principal:

"You all came home. And with you, my life of details. A day or two passed, and with each thought of him, a task would present itself like a lifesaver, pulling me further and further away from those four days. I was grateful. I felt safe."

Next, we see Francesca and her husband go to town to do some grocery shopping. She returns to the car and through the massive amount of water falling from the skies, she sees Robert standing on the opposite side of street, under the pouring rain, staring profusely at her. One can easily see her anguish, longing and desperate need to reach out to him. The look on his face is one of begging for mercy. A small smile plays on her lips. He nods as if he’s understood her message and smiles back, while entering his vehicle. Francesca’s husband returns to the car and starts the engine. 

“For a moment, I didn’t know where I was. And for a split second, I thought crossed my mind that he didn’t really want me. That it was easy to talk away.”

Their car takes a turn and comes into a halt at the traffic light, which is momentarily red. Robert’s car stands right in front of their. Francesca stares ahead of her, trying to get a last glimpse of this face.

“Robert leaned over as if to get something from the glove box. Eight days ago, he’d done that, and his harm had brushed across my leg. A week ago I’d been in Des Moines, buying a new dress."

The camera shows Robert hanging the necklace Francesca gave him on his rear vision mirror. Francesca’s husband talks to her. The traffic light has turned green and Robert hasn't pulled off yet. She reaches over the door handle and holds it tightly, as if she’s going to open it. She attempts to, several times, but never manages to get through with it. Robert’s car finally pulls away. She lets go of the door handle and sobs.

“Oh no. The words were inside of me. ‘I was wrong, Robert, to stay, but I can’t go. Let me tell you again why I can’t go. Tell me again why I should go.’ I heard his voice coming back to me: ‘This kind of certainty comes but once in a lifetime.’”

3. Amor Sublime Amor; Maria & Tony


A cena escolhida para Amor Sublime Amor se enquadra naqueles casos em que a trilha-sonora tocando ao fundo já é suficiente pra me tornar num bezerro desgarrado. Some à isso Tony e Maria se abraçando pela última vez antes de Tony morrer e eu realmente me desfaço.

Tony: I- I didn't believe hard enough.
Maria: Loving is enough.
Tony: Not here. They won't let us be.
Maria: Then we'll run away.
Tony: Yeah, we can.
Maria: Yes.
Tony: We will...
Maria: [singing] Hold my hand and we are halfway there, hold my hand and I'll take you there. Somehow! Someday! Some...

4. Nosso Amor de Ontem; Katie & Hubbell


O que eu tenho a dizer sobre Nosso amor de Ontem? Várias coisas...

Por falta de melhor adjetivo, diria primeiramente que a Katie é uma pentelha. E talvez meu discernimento seja um tanto falho, mas eu diria que Hubbell é um grande mosca-morta. Dito isto, independente do caráter falho de ambos, o que importa é que queremos que esses dois fiquem juntos, questão abordada pela história: seriam duas pessoas completamente diferentes capazes de superar suas diferenças em prol de um bem maior, sendo este o amor?

Katie tem ideais de mais, Hubbel tem de menos. E  fatalmente eles atingem certo ponto onde amor é somente o que lhes resta; e todos nós sabemos que um relacionamento não se faz, tampouco se sustenta só de amor.

Enquanto eles se encontram na frente do Plaza Hotel, pode-se perceber que embora o tempo tenha passado, pouca coisa modificou - Talvez só o cabelo da Katie, que está de permanente mais uma vez - Mas ela continua sendo a mesma pessoa politicamente ativa e de opiniões extrema; Hubbell, por sua vez, continua extremamente charmoso, mas que fatalmente termina como um profissional medíocre, já que a única pessoa a expulsá-lo de sua zona de conforto é Katie.

E ao trocar um último (e dolorido) abraço durante o encontro, a expressão e atitude de ambos é o bastante para saber o quanto ainda prezam um pelo outro.

Sim, o momento que eu choro é este, obviamente. Devo confessar que a trilha-sonora, que também atende pelo título The Way We Were, serve de enorme contribuição para a choradeira que se prossegue.

Katie: Your girl is lovely, Hubbell. Why don't you bring her for a drink when you come?
Hubbell: I can't come, Katie. I can't...
Katie: I know...

5. Entre Dois Amores; Karen & Denys


Apesar de ter grande afeto por Entre Dois Amores, dos cinco escolhidos, este é o que menos choro. Ou seria só impressão, visto que a torneira só se abre nas horas finais? Enfim... Eis o que acontece: Denys e Karen terminam o relacionamento. Logo a seguir ela perde tudo o que construiu na África, vendo-se forçada a retornar à Dinamarca.

As cenas escolhidas que se passam durante os últimos momentos de Karen Blixen em sua fazenda e no dia seguinte são terrivelmente tristes - ela não somente precisa dar adeus às coisas que ela tem mais apreço, mas ao homem que ela ama. Além disso, é necessário admitir a si mesma que ele na verdade nunca a pertenceu.

Denys: I have some things to do tomorrow at Tsavo, but I’ll be back on Friday. Will that be all right?
[She smiles and nods in confirmation.]
Karen: Of course. I’ve got this little thing that I’ve learned to do lately. When it gets so bad and I think I can’t go on, I try to make it worse. I make myself think about our camp on the river… and Berkeley… and the first time you took me flying. How good it all was. And when I’m certain that I can’t stand it, I go one moment more. And then I know I can bear anything. Would you like to help me?
Denys: Yes.
[She puts music into the gramophone and walks over to him.]
Karen: Come dance with me then.
[He takes her hand and they begin to dance.]
Some time during the next day, her ex-husband shows up at the house to inform her of Denis’ death. Later at Denis’ funeral, Karen tearfully recites A. E. Housman’s To an Athlete Dying Young:
“The time you won your town the race
We chaired you through the market-place;
Man and boy stood cheering by,
And home we brought you shoulder-high.
[…]
Smart lad, to slip betimes away
From fields were glory does not stay
And early though the laurel grows
It withers quicker than the rose.
[…]
Now you will not swell the rout
Of lads that wore their honours out,
Runners whom renown outran
And the name died before the man.
[…]
And round that early-laurelled head
Will flock to gaze the strengthless dead,
And find unwithered on its curls
The garland briefer than a girl's.
Now take back the soul of Denys George Finch Hatton, whom You have shared with us. He brought us joy and we loved him well. He was not ours, not was not mine." She reaches over and takes a fistful of the earth ground to throw over his coffin. Her trembling hand hesitates. She places the hand over her heart, then walks away.

Top 5 por 5: Cinco Formas de Dizer "Eu Te Amo."

domingo, 10 de janeiro de 2010
Uma amiga do Livejournal teve a idéia de criar uma "meme" chamada Top Cinco por Cinco, que consiste em estipular cinco temas relacionados a cinema, onde cada um equivale a um dia. Dentro de cada tema estipulado, a pessoa que estará realizando-o deverá escolher, e consequentemente postar, cinco cenas preferidas dos mais variados filmes, dentro de cada respectiva categoria.
A criadora da dinâmica também deu liberdade àqueles interessados para que os temas possam variar de acordo com a preferência.

Adorei a idéia. É um estímulo legal para manter as postagems do blog de forma contínua.
O tema de hoje é chamado Cinco Formas de Dizer "Eu Te Amo:"

De antemão aviso que a maioria dos críticos de cinema provavelmente iriam contra as minhas escolhas. Levemente controversa, eu decidi descartar momentos clássicos de filmes como Casablanca, Love Story e E O Vento Levou; Outro fato é que eu provavelmente seria executada em praça pública (leia-se exagero) pela maioria das mulheres por também ter descartado "chick-flicks" como Titanic, Ghost, Uma Linda Mulher e Um Amor pra Recordar das minhas escolhas.
Dito isto, abaixo segue a lista dos cinco eleitos:


1. A Noviça Rebelde; Maria & Capitão von Trapp.


A maneira clássica de se fazer.
Tudo nesta cena foi construído de maneira extraordinária: o cenário é lindo, o 'timing' é impecável, e junto a isto temos a pessoa ideal para proferir as tão aguardadas três palavras. A maneira a qual Georg von Trapp as diz é quase como uma oração, como um chamado superior. É maravilhoso e de tirar o fôlego. E enquanto Maria não responde à sua declaração de amor com palavras, sua atitude é suficiente para demonstrar o amor e devoção por este homem.

Captain von Trapp: Maria, there isn't going to be any Baroness anymore.
Maria: I don't understand.
Captain von Trapp: Well, we called off our engagement, you see, and...
Maria: Oh, I'm sorry.
Captain von Trapp: Yes. You are?
Maria: Mm-hmm. You did?
Captain von Trapp: Yes. Well, you can't marry someone when you're in love with someone else... can you?
[Maria shakes her head. The Captain cups her chin in his hand and pulls her gently toward him. Then he kisses her tenderly. She puts her head to his shoulder and sighs.]
Maria: Reverend Mother always says, "When the Lord closes a door, somewhere He opens a window."
Captain von Trapp: What else does the Reverend Mother say?
Maria: That you have to look for your life.
Captain von Trapp: Is that why you came back?
Maria nods.
Captain von Trapp: And have you found it, Maria?
Maria: I think I have. I know I have.
Captain von Trapp: I love you.
Maria: Oh, can this be happening to me?

2. Tarde Demais Para Esquecer; Nickie Ferrante & Terry McKay


A maneira não-convencional de se fazer.
No início dessa sequência, a impressão é de que ambas as personagens estão na defensiva. Na verdade, ninguém poderia culpá-los por tal comportamento - ambos foram feridos pelos truques do destino e as reviravoltas que a vida dá, da mesma maneira que ambos não estão prontos para admitir isto a si mesmos. E apesar de não ouvirmos nenhum "Eu Te Amo" durante o diálogo, suas expressões corporais falam por si sós.

Nickie: You know, I painted you like that, with the shawl. I wish you could have seen it. Coubert said it was one of my best. I didn’t think I could ever part with it, but there was no reason to keep it any longer. And I couldn’t take money for it, because, well, you know… So Courbet told me a young woman came into the gallery and… she liked it. She saw in it what I’d hoped you’d see, so… I told Courbet to give it to her. Because he said she didn’t have any money, and not only that, she was… She was… Anyway, I told him to give it to her. Courbet said she wanted it so badly and… So I told him to give it to her. It’s the Christmas season and all that. And you know me, holly in my heart.
[He walks back into the living room, opens the door to her bedroom and finds the painting hanging by the wall. As he returns to the living room, she has tears in her eyes.]
Terry: Darling, don’t look at me like that.
Nickie: Why didn’t you tell me? If it had to happen to one of us, why did it have to be you?
[They hug.]
Terry: It was nobody’s fault but my own. I was looking up. It was the nearest thing to heaven. You were there. Oh darling. Don’t worry, darling. If you can paint, I can walk. Anything can happen, don’t you think?
Nickie: Yes, darling, yes. Yes, yes, yes!

3. Harry & Sally: Feitos Um Para o Outro; Harry & Sally


A maneira previsível de se fazer.
Eu digo previsível porque com quinze minutos de filme, não fica difícil imaginar qual será o final para Harry e Sally. Contudo, é uma comédia formidável com material excelente. Além do quê, a declaração de Harry no final é capaz de derreter qualquer uma.

Harry: I’ve been doing a lot of thinking, and the thing is I love you.
Sally: What?
Harry: I love you.
Sally: How do you expect me to respond to this?
Harry: How about you love me too?
Sally: How about I'm leaving?
Harry: Doesn’t what I said mean anything to you?
Sally: I’m sorry, Harry, I know it’s New Years Eve, I know you’re feeling lonely, but you just can’t show up here, tell me you love me and expect that to make everything alright. It doesn’t work this way.
Harry: How does it work?
Sally: I don’t know, but not this way.
Harry: Then how about this way? I love that you get cold when it's 71 degrees out. I love that it takes you an hour and a half to order a sandwich. I love that you get a little crinkle above your nose when you're looking at me like I'm nuts. I love that after I spend the day with you, I can still smell your perfume on my clothes. And I love that you are the last person I want to talk to before I go to sleep at night. And it's not because I'm lonely, and it's not because it's New Year's Eve. I came here tonight because when you realize you want to spend the rest of your life with somebody, you want the rest of your life to start as soon as possible.
Sally: You see? That is just like you, Harry. You say things like that, and you make it impossible for me to hate you. And I hate you, Harry. I really hate you. I hate you.

4. Felicidade Não Se Compra; George Bailey & Mary Hatch


A maneira apaixonada de se fazer.
Nas sequências à seguir George Bailey vai à casa de Mary Hatch, após saber que a mesma retornou  de New York. George encontra-se extremamente frustrado pela falta de controle com relação ao rumo que sua vida está tomando. Ele também parece bem indisposto a admitir que está mais do que na hora de embarcar em um relacionamento, e que a pessoa mais indicada para ele seja Mary.
Ao chegar na casa de Mary, seu comportamento é levemente inquieto, um pouco rude e peculiar. Os dois começam uma leve discussão, quando o telefone os interrompe. A ligação é de um amigo mútuo, Sam Wainwright. O diálogo abaixo ocorre assim que a ligação chega ao fim. Mais uma vez não vemos as personagens dizendo "Eu Te Amo" explicitamente um ao outro, mas a cena apaixonada entre os dois deve servir de algum indicativo.

George Bailey: Now, you listen to me! I don't want any plastics, and I don't want any ground floors, and I don't want to get married - ever - to anyone! You understand that? I want to do what I want to do. And you're... and you're... [runs out of words, sees her crying]
George Bailey: Oh, Mary, Mary...
Mary: George... George... George...
George Bailey: [kisses her intensely] Mary... Would you?... Would you?...

5. Íntimo & Pessoal; Sally Atwater & Warren Justice


A maneira sutil de se fazer.
Sally Atwater sai de seu pequeno trailer rumo a Miami, cafona e ansiosa para ser A Garota do Tempo em alguma emissora de televisão. Consegue sua vaga, mas sua grande estréia é desastrosa. Contudo, seu chefe, Warren Justice, consegue enxergar o seu potencial, acolhendo-a como sua "protegida", guiando-a passo a passo em como se tornar uma repórter de respeito. À medida que Warren transforma Sally em uma das jornalistas mais solicitadas do país, e contato e intimidade entre os dois intensifica, eles se apaixonam.
O diálogo abaixo ocorre durante a cena onde ambos finalmente sucumbem ao desejo. Mais uma vez não veremos um "Eu Te Amo" sendo propriamente dito. Aliás, um trivia do filme: eles nunca dizem "Eu Te Amo" no percurso de todo o filme. Entretanto, é fácil perceber o quão apaixonados estão um pelo outro, provando que ações por vezes falam mais alto que palavras.

Warren: We had some fun, you and I. didn’t we?
Sally: What is it you want? Mm? You know what I want.
Warren: You want to go to Philadelphia.
Sally: No.
[They make love all through the night. Next morning...]
Sally: You could come with me.
Warren: First prize: a week in Philadelphia. Second prize: Two weeks in Philadelphia. It’s an old joke. I’ve already been where you’re going.
Sally: You could go back.
Warren: No.
Sally: Why not?
Warren: I already told you.
Sally: All that you told me is that it stopped being fun.
Warren: It was a good run while it lasted. Then I made a mistake.
Sally: What kind of mistake.
Warren: I had a source and I trusted the source, and I went with the story and I got burned. The source did what sources do. I should’ve picked up the signals and I missed them.
Sally: You’re allowed to make a mistake once and a while.
Warren: Not really. If you chose not to play on the team… you can’t afford mistakes.
Sally: Why didn’t we do this before?
Warren: Because it was always gonna be this hard to stop.


~~*~~

Espero que gostem, e aguardem os próximos dias.

"The very meaninglessness of life forces man to create his own meaning. If it can be written or thought, it can be filmed."

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Pessoalmente falando, 2009 foi um grande ano em termos de aprendizado em relação ao cinema. Além disso, totalizei a somatória de 154 filmes assistidos, ressalvando de que estes foram os que eu tive a oportunidade de registrar. Na realidade o valor deve ter sido um pouco acima deste.

A vantagem em estar de férias e sem opções do que fazer é prosseguir com o que foi iniciado no ano anterior. Já comecei a registrar os títulos novamente, mas desta vez farei um esforço para que não me escape algum. E espero poder superar o valor de 2009.

Abaixo está o nome e pôster dos filmes assistidos contando a partir do dia 1º de Janeiro até o dia de hoje:

1. Up! | Up - Altas Aventuras (2009)

2. Harry Potter and The Half Blood Prince | Harry Potter e O Enigma do Príncipe (2009)

3. Plenty | Plenty - O Mundo de uma Mulher (1985)

4. Ghosts of Girlfriends Past | Minhas Adoráveis Ex-Namoradas (2009)

5. Quo Vadis | Quo Vadis (1951)

6. Love Is A Many Splendored-Thing | Suplício de Uma Saudade (1955)

7. Amadeus | Amadeus (1984)

8. The Ugly Truth | A Verdade Nua e Crua (2009)

9. Zorba The Greek | Zorba O Grego (1964)

10. Confessions Of A Shopaholic | Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (2009)


+ Filmes Reassistidos:
1. The Queen | A Rainha (2006)

2. West Side Story | Amor Sublime Amor (1961)

3. The Way We Were | Nosso Amor de Ontem (1973)

2. 4. The Princess Diaries | O Diário da Princesa (2001)