Não há melhor lugar que o nosso lar.

sábado, 10 de outubro de 2009
Me contaram que a primeira palavra compreensível que eu falei quando criança foi "Lar".
No dia em que isso aconteceu, meu pai estava dirigindo um Austin 7, que era um carro de segunda mão, e minha mãe estava ao seu lado no banco de passageiro, me segurando em seu colo. A medida que nós nos aproximávamos de nossa modesta casa, Papai tivera que frear o carro para estacionar no pequeno espaço de concreto próximo ao portão, e aparentemente eu quietamente, timidamente disse a palavra: "Lar."
Minha mãe relatou que havia uma ligeira inflexão na minha voz, que não soava exatamente como um questionamento, mas como aquela sensação peculiar de ter uma palavra na ponta da língua, talvez com a deliciosa descoberta da conexão entre o nome e o seu significado.
Para ter certeza que eles haviam me escutado corretamente, meu pai decidiu dar a volta no quarteirão mais uma vez, e ao retornarmos parece-me que eu repeti a palavra.
Minha mãe provavelmente deve ter pronunciado essa palavra mais de uma vez ao chegarmos em casa, e eu me questiono se teria sido com satisfação, alívio, ou se esta seria sua tentativa de estabelecer em mim algum sentimento de conforto e segurança. 
De todo modo, esta palavra se tornou de enorme importância para mim: Lar.
Julie Andrews - Home: A Memoir of my Early Years. Pag 01.

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Bem vindos ao meu novo lar.

1 comentários:

  1. Satya disse...:

    Sou sua seguidora!
    Como já comentei sobre esse, vou esperar os próximos.

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